São
bonitinhas, gostosinhas, cobiçadas e sabem disso (e olha que
mulheres costumam ter um senso auto-crítico mais elevado que homens,
que se acham galãs com suas barrigas de cerveja e pelos escapando
pelo canal auditivo). O problema é que superdimensionam o último
aspecto. Aonde vocês forem, sempre vai ter alguém que já deu em
cima dela – o colega do curso de reiki, o professor da quinta
série, o vizinho do conhecido da prima do namorado da amiga –; em
todo lugar vai ter metade dos homens prontos para atacarem-na,
comendo ela com os olhos – pouco importa que seja uma balada gay em
que ninguém parece ter o menor interesse por mulheres. Se fumar
maconha, então, até deus estará a observando e, muito
provavelmente, de xaveco pra cima dela – que era ateia convicta
dez minutos antes e voltará a sê-lo em algumas horas. Por conta
disso, ela preferirá um lugar mais reservado, menos movimentado,
mais escuro – o que é ótimo, ainda mais se você não for o rei
da desenvoltura! Há, contudo, necessidades de cuidados. Quando tiver
levado a moça até sua casa, cabe lembrar de trancar a porta do
quarto – mesmo que seu companheiro de casa tenha seu próprio
quarto e esteja viajando. Mas o principal é fechar toda a persiana.
Este lapso é mortal para o prosseguimento do relacionamento. Não
vai adiantar você, depois da transa e de ela ter percebido, tentar
argumentar que ninguém do prédio em frente, cinqüenta metros
longe, conseguiu vê-los – muito menos filmá-los – em tão
íntimo momento por uma fresta de dez centímetros às quatro da
manhã de uma terça-feira. Ela não vai acreditar. E também não
vai adiantar fazer busca pelos youporn da vida: você estava certo e
não havia mesmo ninguém para registrar.
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20130604
20130528
Mulheres, quem entende? – As jogadoras e as direto ao ponto
Comecemos
por uma distinção básica no comportamento feminino: as raparigas
que jogam, as gurias que vão direto ao ponto, sem enrolação.
Para
alguém com a elegância e desenvoltura de um Mr. Bean e uma retidão
lógica teuto-lusitana, uma jogadora é o colapso das referências,
me deixa mais perdido do que em meio a ideogramas japoneses. Grosso
modo, mulher jogadora seria aquela que diz que quer, mas chega na
hora e dá todos os sinais que não quer (vale o inverso, diz que não
quer, e fica provocando). Claro, se eu não levasse tão a sério o
que as mulheres dizem, tudo ficaria mais simples – mas lembrem-se
de minha retidão lógica, para não falar da minha auto-confiança
na arte da sedução. Seguidamente acho que elas fingem que querem
que o homem entrem no seu jogo, quando na verdade estão em busca do
macho-alfa, que faça justo o contrário, por mais que se achem
agressivas sexualmente. Como nunca me dei bem em grego, termino em
ômega... O duro é quando a jogadora é tão hardcore que se
contradiz em menos de dez minutos. Primeiro diz, logo que o clima
começa a esquentar, que não quer transar aquela noite para, dez
minutos depois, soltar um “pode fazer o que quiser comigo”. Nada
contra sutis contradições, acho elas encantadoras, fascinantes, mas
diante de tamanha contradição, a brochada é inevitável – na
hora vem os Segundo analíticos à
mente. Parece que às jogadoras a irritação e a frustração
são sentimentos inevitáveis quando estão diante de um pega-ninguém
– mas não mudam seu jeito de ser.
As
que vão direto ao ponto dão a impressão de simplificar a vida –
ao custo de perda de um pouco de poesia e um certo jogo
lúdico-erótico das jogadoras. Algumas tentam contornar esse papo
reto com algumas estratégias para enrolar um pouco e fingir algum
caminho menos “é isso”. A transa certeira e desejada por ambos
ocorrerá assim que o homem preencher as três guias do formulário,
ela carimbar no lugar especificado e você adicionar, ao final do
processo, uma carta de intenções. É só fazer que dá certo, não
tem fila, só uma demora habitual de carregar a papelada pra lá e
pra cá. Mas fica com um certo gosto burocrático em tudo – se ela
quiser combinar as posições autorizadas de antemão, então...
As
legítimas direto ao ponto, essas nada de perder tempo com joguinhos,
acordos, contratos, formulários, o que for – elas dizem logo qual
a opção pro momento. Se for o caso, é tirar a roupa e mandar ver;
se ela não tiver a fim, não rola; e se ela mudar de opinião,
cumpra o que ela quer – ou, como escutei uma vez de uma garota
desse tipo: “esquentou tem que comer”. Convenhamos, essa frase
não soa exatamente poética. Me senti com a mulher-microondas,
lembrei das lasanhas congeladas com o mesmo gosto, independente do
sabor, ou mesmo das simples torradas feita no aparelho, que têm que
comer logo, se não ficam intragáveis. Poupei a guria da minha
comparação, mesmo assim chegamos à conclusão que havia alguma
incompatibilidade entre nós.
isto é:
dalmoro,
MULHERES,
pega-ninguém,
sexo
20130521
Mulheres, quem entende? – Uma introdução.
Com
um histórico de conquistas de causar inveja no máximo a um padre
honesto e que segue fielmente seu voto de castidade, e sem ser gay
para saber dos meandros do submundo da fofoca feminina (meu complexo
de amigo-gay (gfc, em inglês) não me abre tamanhas
intimidades), talvez eu não seja a melhor referências para
discorrer sobre mulheres. Mesmo assim, insisto aqui em compartilhar
as anotações que há anos faço – de experiências minhas e
alheias – sobre esses seres tão fáceis e lineares, que conseguem
fazer com que eu seja um cara simples, simplório. São notas que
tomei para evitar cometer o mesmo erro duas vezes – no caso em que
as experiências foram minhas –, ou de cometer erros grosseiros
comentados por outras pessoas, e se acaso serviram para esse
propósito, serviram também para descobrir que sempre dá pra
cometer um erro novo, uma cagada pior do que a última, que já
parecia grande o suficiente – e te custou um sonho de verão logo
na primeira chuva de fim de tarde. Sim, malditos dez centímetros ou
uma banal pedra no rim podem te custar um relacionamento. Enfim, não
é um pega-ninguém dando dicas de sedução, antes alertas de
dessedução, avisos de perigos para quem se embrenha nesse labirinto
indecifrável. A inspiração, deixo aqui claro, se é que precisava, é do mestre Xico
Sá – apesar d'eu não ter nem um décimo da sua verve e um centésimo
da sua experiência. Pelas próximas terças, na República dos Cabaços, "Mulheres, quem entende?".
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pega-ninguém,
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