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20100324

Resenha: Shadow of the Colossus (ps2, 2005)

O Andarilho saproxima do Colossus com a espada em punho (o brilho a luz indica um ponto no peito da criatura [AZUL-CIANO]) sobre o cavalo Agros e agora é só agora ele pula do cavalo em movimento e se agarra no joelho do monstro arquitetônico

{arre, arre, dói tudo, minhas costas, minha perna, meus braços, mas eu subo - me ergo - com força esforço suor}

e o Andarilho pula do joelho à pélvis se agarra nos pelos e se ergue corajosoinfinito lindo e escala ágil agilíssimo enquanto o Colossus tenta arrancá-lo com uma das mãos {eu sigo, consigo!} e ele pula e se agarra nas costas peludas do ser gigantesco 18 metros e num jogo pendular ÜUUFE se arremessa para os flancos do bicho e com mais um movimento já está no peito dele e o brilho azulciano em seu rosto e a espada em punho e {atenção, esperto, atenção e força e pegada, calma} enfia tudo na pele dele e o Colossus se sacode ferozmente

{se ele continua eu caio, se eu caio é o fim}

incrível fantástico épico Andarilho firme contra os pelos sem moverse um dedo enquanto o Colossus tenta tudo e quase se joga no chão tentando se livrar dele mas ele não se importa e espera {dói demais} e finalmente antes que se visse qualquer coisa a espada erguida novamente e azulciano e um só golpe e as Sombras começam a vazar abundantemente o Andarilho se agarra mais forte e caem ambos no chão na terra a poeira e as Sombras e o gosto amargo na boca e as Sombras voam e sobrevoam e se infiltram de uma só vez no Andarilho que é erguido no céu que sente tudo explodindo por dentro e

{preto}

et la statue est morte

20090531

Minhas pastilhas acabaram hoje - pt. 1

Minhas pastilhas acabaram hoje. Ainda bem – elas me obrigavam a mastigar, movimento que odeio. Não há nada pior do que movimentar a mandíbula sem que seja extremamente necessário. Meus dentes sempre ardem quando tenho que falar alguma coisa, como se um gelzinho ficasse se esfregando neles, fazendo barulhinho de borracha, que dá aflição.

Alberto apareceu outro dia aqui com uma colher cheia de brigadeiro. Pediu que eu abrisse a boca que ele me dava, e eu abri, besta, e ele ia pra frente e pra trás com a colher e eu mordiscando e mordiscando o ar. Panaca, foi como se meus molares se oxidassem por completo em questão de segundos, com o ar sendo movimentado.

Eu sempre falo com a boca mais do que semicerrada, completamente fechada, eu diria. Um toque do velho Oeste, por assim dizer. E hoje, sem as pastilhas – finalmente hoje, ou seja, é uma sensação nova – minha mandíbula terá o repouso que sempre sonhou.

Agora é o momento certo de me esconder, de permanecer exatamente assim quietinho no meu quarto. Não vai demorar até virem atrás de mim com algum substituto, um xarope talvez. Eu só teria que esticar o biquinho, não seria nenhum esforço, mas uma questão de....dignidade, provavelmente, por quê haveria eu de tomar o xarope, se ele me seria oferecido justamente porque sabem que as pílulas enfastiam-me?