Sultão na estiagem
ficou remelento -
e eu sempre esqueço
de comprar o soro fisiológico.
mas quando ele me encara,
com o olhar viscomucoso,
não me julga de modo algum
e ainda abro o chuveiro sempre que ele me pede.
mesmo assim eu me preocupo com seu apetite
e com a caixinha de areia, que podia estar mais cheia.
gatinhos não deveriam ter remela.
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20120904
20110820
solidão paulista - cap1
Já faz algum tempo em que penso em você... Que vida você leva?
Você, aí, com a cadeira embaixo da bunda e o mundo adiante dos olhos. Me pergunto, sempre me perguntei, que mundo será que você vê? Se tem algo a ver com o meu ou se são universos distintos por completo; tento entender. O que é viver onde vive e com seus limites, que não são os meus. O que é receber, dia após dia, o tratamento de que você é você e mais ninguém (e não ficar maluco com isso).
Você, aí, com a cadeira embaixo da bunda e o mundo adiante dos olhos. Me pergunto, sempre me perguntei, que mundo será que você vê? Se tem algo a ver com o meu ou se são universos distintos por completo; tento entender. O que é viver onde vive e com seus limites, que não são os meus. O que é receber, dia após dia, o tratamento de que você é você e mais ninguém (e não ficar maluco com isso).
Uma tentativa de agarrar você pelo pescoço, estender o meu braço até não poder mais ser ignorado e enfim sussurrar a plenos pulmões o que toda a cidade significa pra mim e pra mais ninguém nesse espaço infinito e imbecil.
OLHE PRA CÁ!
OLHE PRA CÁ!
VEJA QUANTA COISA BONITA!
SORRIA DE VEZ EM QUANDO,
ME RESPONDA,
VAMOS TOMAR UM CAFÉ!!
isto é:
H.Chiurciu,
idiota,
refresco,
solidão paulista,
um abraço pra galera,
vidas secas
20090712
Nelson Pereira dos Santos Está Vivo
NELSON PEREIRA DOS SANTOS -
Rsrsrs...umas três pessoas se assustaram e me perguntaram: "Que?! Mas ele não morreu?!". Quase respondi que, cinematograficamente, sim, depois de 'Brasília 18%' (que é uma piada só, filmeco pra mostrar os peitos da Bruna Lombardi)...mas Nelson acaba de completar 80 anos e vem recebendo várias homenagens mundo afora, mas a de ontem foi, ele disse, especial, porque ele nasceu aqui, então era o povo dele.
Aqui vão duas coisas que ele disse MESMO ontem:
"Eu prefiro ser cabeludo por dentro!"
- quando inquirido pelas Autoridades se não era ele também um cineasta barbudo e cabeludo.
"Me irrita muito essa história de que agora...bom, cinema não é mais cinema, agora é tudo 'audiovisual'. Mas me digam uma coisa, teatro não é um meio audiovisual também?"
ALGUMAS PERGUNTAS ENDEREÇADAS AO CINEASTA HOMENAGEADO:
"Afinal, o cinema americano dos começo dos anos 60 viu o surgimento de um grupo de cineastas independentes que buscavam outro tipo de cinema, não é mesmo?, Cassavettes, até mesmo o Andy Warhol, todos faziam um cinema mais livre, da mesma forma que aos poucos foi acontecendo na França, quando começam a fazer filmes os já-clássicos Truffaut, Godard, Chabrol, o grupo que ficou conhecido como 'nouvelle vague', então, bom, pensando nesse sentido, me diga: o senhor gosta de caqui?, enfim, queria que você falasse um pouco sobre a sua relação entre a narrativa em si e a produção. O que é que vem antes: a idéia ou a produção? "
- estudante de comunicação da Unesp
"Os cineastas aqui no Brasil até a década de sessenta eles eram, podemos dizer, meio marginais, aliás, o intelectual no Brasil sempre foi marginal , nunca teve assim um reconhecimento e voz na sociedade [suprimido da pergunta depois que Nelson&Cia evocam os modernistas]. Mas aí chega nos anos sessenta, cinema novo e tal, o cineasta ganha uma nova postura, um novo lugar na sociedade, pode ter voz [...] e você poderia falar um pouco sobre como era assim trabalhar com o Glauber Rocha, como ele era?
- estudante de história da (?)
Nelson respondeu a perguntas durante mais de uma hora e parecia bem disposto. Arriscaria dizer que tomara um bom café da manhã e que um delicioso jantar cheio de honras o esperava.
Rsrsrs...umas três pessoas se assustaram e me perguntaram: "Que?! Mas ele não morreu?!". Quase respondi que, cinematograficamente, sim, depois de 'Brasília 18%' (que é uma piada só, filmeco pra mostrar os peitos da Bruna Lombardi)...mas Nelson acaba de completar 80 anos e vem recebendo várias homenagens mundo afora, mas a de ontem foi, ele disse, especial, porque ele nasceu aqui, então era o povo dele.
Aqui vão duas coisas que ele disse MESMO ontem:
"Eu prefiro ser cabeludo por dentro!"
- quando inquirido pelas Autoridades se não era ele também um cineasta barbudo e cabeludo.
"Me irrita muito essa história de que agora...bom, cinema não é mais cinema, agora é tudo 'audiovisual'. Mas me digam uma coisa, teatro não é um meio audiovisual também?"
ALGUMAS PERGUNTAS ENDEREÇADAS AO CINEASTA HOMENAGEADO:
"Afinal, o cinema americano dos começo dos anos 60 viu o surgimento de um grupo de cineastas independentes que buscavam outro tipo de cinema, não é mesmo?, Cassavettes, até mesmo o Andy Warhol, todos faziam um cinema mais livre, da mesma forma que aos poucos foi acontecendo na França, quando começam a fazer filmes os já-clássicos Truffaut, Godard, Chabrol, o grupo que ficou conhecido como 'nouvelle vague', então, bom, pensando nesse sentido, me diga: o senhor gosta de caqui?, enfim, queria que você falasse um pouco sobre a sua relação entre a narrativa em si e a produção. O que é que vem antes: a idéia ou a produção? "
- estudante de comunicação da Unesp
"Os cineastas aqui no Brasil até a década de sessenta eles eram, podemos dizer, meio marginais, aliás, o intelectual no Brasil sempre foi marginal , nunca teve assim um reconhecimento e voz na sociedade [suprimido da pergunta depois que Nelson&Cia evocam os modernistas]. Mas aí chega nos anos sessenta, cinema novo e tal, o cineasta ganha uma nova postura, um novo lugar na sociedade, pode ter voz [...] e você poderia falar um pouco sobre como era assim trabalhar com o Glauber Rocha, como ele era?
- estudante de história da (?)
Nelson respondeu a perguntas durante mais de uma hora e parecia bem disposto. Arriscaria dizer que tomara um bom café da manhã e que um delicioso jantar cheio de honras o esperava.
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