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20130524
20130520
Decididamente III
III. A pretensão humana em desesperar-se com os aluguéis futuros
é uma traição aos deuses. Nada garante que chegaremos lá.

20130515
20120712
mensagem de apoio ao novo gênero: tokusatsu cristão
Não há cura para as chagas do Jesus Robô. Instigado por seus
fiéis, ele caminhou por toda a Síria, por meio Líbano e além, chegando até o
norte do Mediterrâneo. Mas não encontrou nada que estancasse seu óleo.
Jesus Robô, diante de um pôr-do-sol agradável, tira seu capacete e cofia a barba. “Que belo
presente, Papai!” Mas ele não se demora. Há muito o que fazer. Para apaziguar a dor, só lhe resta partir para mais um
combate contra os Flibusteiros Filisteus.
isto é:
cristianismo,
cristo,
japão,
Jesus Robô,
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série,
Swordfishtrombone,
televisão
20111012
urgência - uma série de merda em nove capítulos
cap.1
agora ele tem exatamente vinte e quatro horas para desvendar o Segredo do Universo e retomar sua forma humana.
cap.2
"como vou saber? sou só uma vespa!"
mas se era homem, como virou vespa e como iria voltar a ser homem?
"ora, isso pouco me interessa. virei vespa porque quis e agora não preciso trabalhar nem usar roupas, vivo muito feliz como um inseto. mas se quiser mesmo saber, vá para o norte e pergunte ao Velho Hermetão - só que é bom se apressar! que logo logo ele sai pro almoço e só o diabo sabe quando volta."
nosso bravo guerreiro lambeu as duas patas da frente e as esfregou nos seus olhos imensos, pensativo por um instante. mas não havia tempo para pensamentos em sua cabeça de mosca.
aproveitando uma lufada de vento, alçou vôo e seguiu viagem.
cap.3
como era vasto e lindo o mundo que o cercava! cada detalhe passou a brilhar com nova luz a seus olhos pluricompostos. deixava suas asas baterem 234 vezes por segundo e sentia cada golpe no ar como se fossem beijos das doces virgens de sua tribo natal. e que aromas misteriosos lhe invadiam as antenas, que prazer incomum o vibralançar de centenas de pêlos lhe propiciava, como era bom lamber as patas sem ter que pensar em lanças e dardos e desertos sem fim...
começava mesmo a pensar se não estava com a razão Roberto, a vespa; que Segredo do Universo o quê, tudo que há para ser vivido está bem aqui!
foi só quando chegou à praia que percebeu os perigos de tal filosofia.
cap.4
devagar, nosso herói foi percebendo como era estranho ficar entre suas colegas mosquiformes. sempre repetindo os mesmos mantras - algo como "wisusuzizi" ou "tch'clac tch'clac", ou ainda uma mistura incompreensível dos dois. não havia ninguém com quem conversar.
não sabia se por sua origem humana ou se por ser da natureza das moscas, mas Piripi Moana se sentiu ignorado pelas suas colegas de espécie. e ficou triste com isso.
depois ficou puto. muito puto.
"VÃO SE FODER SEUS PUTOS"foi o que ele gritou antes de levantar vôo e abandonar o bando. ninguém deu bola, mas tudo bem.
cap.5
logo não seria diferente de uma uva passa, talvez fosse pisado por alguma criança e então seu corpo se desmancharia e viraria sabe-se lá o que as moscas viram quando morrem - poeira cósmica?
tais eram os últimos pensamentos do bravo Piripi Moana.
cap.6
"eu sou a tartaruga de mil anos...
e vou te levar ao teu Destino."
e vou te levar ao teu Destino."
mas que era Destino? e era ele morto? o quão grande seria uma tartaruga de mil anos?
mas não conseguiu fazer soar nem uma palavra; tanto balançou e balançou que dormiu novamente.
cap.7
o sol já deve ter se posto, ele pensava. sentia a morte tragando seu exoesqueleto.
a vida tinha chegado ao fim, ele ia embora de vez - e não tinha se despedido de ninguém.
mas não tinha do que se arrepender.
claro, talvez tenha sido burrice virar mosca assim, sem pensar... mas que se pode fazer?
foi só então que escutou o ronco de uma Criatura Imensa.
cap.8
Piripi Moana, num gesto de extrema bravura, fez vibrarem suas asas e chegou ao nariz do Velho.
ouça lá, que aqui cheguei! quero saber do Segredo do Universo e voltar à minha forma.
êh, acorde logo, seu velho fedorento!
mas de nada adiantavam os gritinhos de mosca de Piripi Moana. ele caminhou por toda a cara do Velho Hermetão, zunindo as asas e estapeando cada porção de carne: da ponta do nariz aos olhos, às orelhas cabeludas, de volta às narinas, aos lábios e entrelábios.
velho maldito, por que não acorda nunca?? se tivesse ainda minha lança e meu anzol, veria só o estrago que lhe faria nas tripas! - era o que gritava nosso herói, quase chorando as mais misteriosas lágrimas de mosca que o mundo já vira.
foi quando, com um solavanco de sono perturbado, o Velho Hermetão virou-se de lado e puxou um longo ronco, engolindo Piripi Moana num só golpe de vento.
cap.9
e era tão óbvio!
ele abriu os olhos e vibrou de alegria. era homem novamente!
com pernas e pénis e pele coberta pelas Tatuagens da Guerra, tudo no devido lugar, oh bênção magnífica!
no mesmo instante, sentiu sua pele ser perfurada por sete mil dardos envenenados.
seu sangue ferveu e sua carne virou geléia.
- Piripi Moana não deu um só grito.
FIM
isto é:
H.Chiurciu,
Piripi Moana,
ruim pra cacete,
série,
urgência
20110508
Ah-Um
isto é:
amish,
barba,
companheiros,
correção história,
desenho,
jazz,
série,
Swordfishtrombone
20100528
20100321
juventude
isto é:
apropriação,
cocô,
fotografia,
H.Chiurciu,
INTERNET,
série,
sociedade aleatória,
tirinhas,
usurpação
20090918
20090610
O pior eufemismo do mundo
Duas mocinhas conversam: se Jorge é bonito ou não. Os argumentos impressionam, são de rigor acadêmico frustrante e tedioso. Um subcomitê é convocado, o contraste beneficia o "não". Mocinha 1 sorri, vencedora.
As mãos vão ser apertadas para oficializar o fim do embate quando: cabrungum. Troiscentos passam correndo e fumaça. Mocinhas em desespero se escondem-tatus. Tirotirotiro e o sol sumindo esfumaçado; as gentes gritam de canto a canto e não se entende. O grosso do povo lá por perto logo se dissolve (gente gritalhona & inconveniente) e mocinhas sentem-se seguras para dar ao mundo novamente a graça de suas belezas. Vêem um moço capacetado e resolvem inquirir:
- Ô moço, que houve, essa bagunça toda? Que que cês tão fazendo aqui?, pergunta olhos-grandes a mocinha 2.
- Fazendo valer a lei e a ordem, é claro!, responde o rapaz azulado antes de lhe acertar uma bem-dada marretada no crânio.
As mãos vão ser apertadas para oficializar o fim do embate quando: cabrungum. Troiscentos passam correndo e fumaça. Mocinhas em desespero se escondem-tatus. Tirotirotiro e o sol sumindo esfumaçado; as gentes gritam de canto a canto e não se entende. O grosso do povo lá por perto logo se dissolve (gente gritalhona & inconveniente) e mocinhas sentem-se seguras para dar ao mundo novamente a graça de suas belezas. Vêem um moço capacetado e resolvem inquirir:
- Ô moço, que houve, essa bagunça toda? Que que cês tão fazendo aqui?, pergunta olhos-grandes a mocinha 2.
- Fazendo valer a lei e a ordem, é claro!, responde o rapaz azulado antes de lhe acertar uma bem-dada marretada no crânio.
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glauber rocha,
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