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20101216

facts diver, literatura de front(page): jornal do futuro

Silvio Santos é um senhor de idade avançada que atira aviõezinhos de dinheiro no meio das multidões para se divertir e divertir todo o mundo; não sei o que ele tem a ver com o Banco Panamericano e o Grande Calote (aliás, nem sei qual calote que é esse), mas logo deixo de prestar atenção e vejo ali num canto outro rosto conhecido e é o de um bom-moço, sem sombra de dúvidas, é BILLY BOLHA e ele diz que já soprou o canudo três vezes - perda de tempo, policiais, Will é um homem SÉRIO, pai-de-Família e cordial visitante de todas as noites Bresilafora, como podem sequer pensar que ele tomou alguma coisinha antes de pegar o volante? Ele não é como aquele outro, ali, com o carro bem no meio da lanchonete, que barbaridade... Bom, também é certo que pelo metrô é que não o encontrariam, ele que é um homem tão SÉRIO e OCUPADO, não tem condições de perder seu tempo valioso dando com a cara na porta das estações fechadas da linha Azul. Não ele.
Olá, Billy! Adeus, Billy! Espero que a "dança das cadeiras" não te aborreça, Billy!
E lá vai o Nenê preso, enfim. E lá vai o Assanger processado, HERÓI DE NOSSO TEMPO, e falam de conspiração - ha! ha! - os putos.
...
Pelo menos está mais quente que aqui, pena que chove tanto... Espero que meu vôo não atrase - mas eu também não posso me atrasar pro vôo, preciso voar!
(que com essa chuvarada a lentidão não vai ser mole, não)

20100614

da série República da Copa - Paraguai vs Itália (2º tempo)

O segundo tempo começou sem Buffon, que se afastou durante o intervalo devido a uma "contusão" (certamente no ego de molho pestto dele).

Os Azurras realmente chegaram com força na segunda metade do imbroglio, em especial com a entrada de um jogador argentino casca-grossa. O Paraguay perdeu o brilho, um feioso cometeu uma falta imbecil e tomou amarelo, manchando a performance da seleção.

E por falar em feioso, o gol de empate da Itália saiu! Lance de escanteio, no meio da fuzuarca o (na maior parte do jogo competentíssimo) goleiro paraguaio tentou tirar a bola mas errou o soco. Resultado: a bola bateu da perna de um carcamano que escorregava na banheira e entrou: GOL!!

Os italianos não quiseram deixar por aí, e apertaram firme o time paraguayo até o final do jogo. Os nossos compadres tentaram, mas não tiveram pique para mandar o jogo para a frente como deviam. Mesmo assim, continuaram a resistir bravamente.

Um jogo muito bom, bem jogado e bem rolado, com poucas manchas: a principal, talvez, tenha sido o juiz bunda-mole que fez vistas grossas às truculências do argentino da azurra, que mesmo com um cartão amarelo fresquinho nas costas mandou ver um lance criminoso por trás. O juiz não quis encrenca com os porpetonni e deixou os cartões agasalhados.
O paraguayo feioso também não se aquietou, cometendo outros atos que não combinavam com a fina arte que o Paraguay apresentou hoje.

Ao fim de tudo, um jogo difícil e bem jogado. Campo encharcado, grama voando pelos ares, jogadores voando junto - mas tudo dentro dos limites de um bom entrevero esportivo.

O resultado ficou em 1x1 (UM a UM), mas o jogo certamente distoou da pasmaceira que estamos vendo nesse início de Copa do Mundo. A Itália sentiu que vai precisar comer umas boas fogazzas pra fazer seu futebol se impôr.
Fico na torcida que o Paraguay encontre algum fôlego para seguir adiante em sua bela e heróica resistência; esperamos para ver como será sua partida contra a forte Eslováquia.

Ademais, fica um brinde ao bom futebol.

da série República na Copa - Paraguai x Itália (1º tempo)

UAU!
Que jogo, puta merda!

Os carcamanos jogaram um bolão no começo da partida, como era de se esperar da SELEÇÃO AUTAL-CAMPEÃ-DO-MUNDO. O paraguai começou mais que tímido, com seus passes de vida curta e sofrendo com os dribles trabalhados dos carcamanos. A chuva castigava, e os paraguayos caíam mais do que sei-lá-o-que. Mas passou.

Os guayos cresceram com força na metade do primeiro tempo, roubando a bola com raça e graciosidade dos pés dos carcamanos safados. Uma coragem comovente empurrou a seleção branco-e-vermelha, que avançou com garra e FORÇA, uma força que só é capaz de brotar em solo americano, sem dúvida.
Os pizzaiolos começaram a jogar pesado, certamente enfurecidos pelo bailado guarani. Seus escanteios em série só faziam explodir pra fora na cabeça dos guayos, seus passes cheios de firula morriam todos em interceptações raçudas.

O jogo pesou, e a Itália marcou uma falta perigosa (duvidosa, talvez, mas acredito que necessária para manter o bom-nível do esporte). Paraguái cobrou com precisão, cabeçeou com graça e: GOL.


UM GOL LINDO!!!


Vamos ver como os guayos seguram a raiva carcamana nesse segundo tempo... Mas só a cara de panetone murcho do técnico italiano já fez valer o jogo.

20100523

Fiofó como paradigma

O cinema americano há tempos nos ensina que piadas de peido foram, digamos assim, uma febre da era Murphy. Murphy, Myers, quiçá até Chaplin teria dado seus peidinhos e dado um sorrisinho meigo depois, deixando todos apaixonados. Mas ele entrou tarde nessa onda de cinema sonoro e bem na época, digamos assim, belicosa, e aí tem essas coisas do Grande Ditador.


(E espontaneamente recordo-me do delicioso Terrance and Philip. Sagazes, os meninos do Southpark. Bons tempos do clitóris gigante, que vi do lado da minha mãe no cinema.)


De todo modo, se me permitem o trocadilho: "flato consumado", eles até reaparecem nessas aberrações como Norbitt (quem não pensou se tratar de uma paródia do universo tolkeniano?) e nigga-jokers reminescentes.

Quando me deparo com um filme como Quincas Berro D'Água, antes que que eu me faça açoitadora do cinema nacional, penso eu: como pode-se ser tão peru e ao mesmo tempo tão transgressor?

Adivinhem quem peida na foto:







Não é o gordo, não é o vagabond 1, não é o vagabond 2, não é o vagabond 3 (todos em adoráveis sorrisos semi-fantásticos co pezinho no quase-lá, que não chega).





Outro ângulo:






Pois é, é a velha que fica ali com o maior sound effects que eu já vi. E fica, e fica, e fica...até ter que correr para casa - soltando puns pelas ruas históricas - e ser arrematada (não com um calicezinho de vodca, meus amigos) com a frase do defunto, mais ou menos rimada do que minha memória me permite reproduzir:

"Por esse apito tão barítono, isso aí é que eu já sei: essa madama já liberou o fiofó."

O que fazer?

E apesar disso tudo, ao final do filme, diz o re-defunto boiando no mar: "E tudo isso aí dos seus problemas, enfia no cu do comodoro". Enfia no cu do comodoro. E é tão belo.

Um abismo tão contraditório! A esbórnia peidorreante americanizada que mais nos constrange do que qualquer outra coisa, logo ali no começo...e no final...esse cu que nos redime debaixo d'água com Quincas. Mas será que redime o filme? Redime o arrastar-se? Redime o rebaixar-se? Redime o meio-do-caminho? O que pensariam dona Zélia e Jorge, o vermelho? Tenho lá minhas sérias dúvidas.

Mas vou enfiá-las é no cu do comodoro.

Débora Ulbeiro é ex-crítica da revista eletrônica Cinética e atual editora do portal de cultura "muzanga".

20100408

Elementar

Disse o observador:

"Dando entrevista, Francisco e Gabriela são bastante diferentes, quase opostos. Ela fala e gesticula mais, enquanto ele é mais compenetrado. Por isso, não é nenhuma surpresa que os filmes preferidos dela sejam uma comédia (“Paizão”) e um romance (“E se Fosse Verdade”), e os dele, filmes mais sérios. “Gosto muito de ‘Paranoid Park’. Outro dia vi pela primeira vez ‘Blow-up – Depois daquele beijo’. Fiquei muito impressionado”, conta Francisco."

fonte: http://cinema.uol.com.br/ultnot/2010/04/07/adolescente-nao-gosta-de-se-ver-infantilizado-no-cinema-diz-astro-de-as-melhores-coisas-do-mundo.jhtm