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20130724

recado

"…If you get lazy with your own work, or if you let your guard down, it’s like meeting a new person and thinking, “oh, I’ve met this person before!” “Oh, this person is just like that other guy.” You have a preconception that “oh, this person mostly doesn’t like this” or “I don’t really like this type of person.” [Analogously], you think that a given work is going to be easy to pigeonhole, and I don’t want that to happen. Just like when you meet a stranger for the first time and you wonder what kind of person it is, I want have the audience to have the same curiosity and take interest in my work."

20110314

Re: Gatinho.



Quando ela fugiu, fui atrás. mas no caminho, desisti.

Desisti porque sou só um gatinho.

E derramei muitas lágrimas, lágrimas do gatinho.

20090629

trincado

'Não sei pra que lado olhar--
"você vem?"
--são todos homens perfeitamente cabíveis, iguais a ele'

É triste, enfim, dizer, mas Thiago sumiu - sua voz não foi o suficiente para manter sua forma, e se proclamo é apenas por amor à verdade, algo que ele nunca cultivou, diga-se de passagem, imerso que estava em suas - belas, é inegável - estesias tão incompreensíveis, nenhuma força que proviesse da verdade, só olhos verdes que o tornavam imensamente popular entre as mulheres mais velhas, e sinceramente nenhum talento, sua arte era outra, impermeabilidade era o que cultivava, um rinoceronte avançando - até desvanecer-se como todos os seus filhos já haviam feito antes. O que eu quero dizer, enfim: não será lembrado: era um desnecessário.

todos nós só somos
faces estéticas vãs
caindo das nuvens

Era uma menina gostosinha até perder o cabacinho, aí ficou flácida e eu disse TCHUN.

ELESBRUN, Thiago.

(tudo)

20090609

Atividade_5: Doutor F.

“Acredito que o momento mais difícil desse processo seja, ao final de tudo, tirar o lençol. É nesse momento em que expomos o nosso trabalho, nossa monstruosidade para o mundo, mesmo que ninguém mais efetivamente veja o que fizemos. É complicado.

Expomos nosso trabalho ao ar que nos cerca, aos olhares de desgosto, inclusive o nosso próprio. Pois mesmo que saibamos em nossas mentes o resultado de tudo aquilo... O nosso trabalho é feito quase sempre debaixo do lençol, por trás de uma névoa segura que isola nossos monstros em uma outra realidade, um outro modo de existência. Ao erguer o lençol, estamos destruindo esta ilusão, aceitando a existência de nossas monstruosidades mais íntimas; não podemos mais negar a proximidade daquilo que fizemos e de nós mesmos, nossas mãos estão impregnadas pelo fruto do nosso trabalho.

Este momento crítico de revelação se agrava ainda mais por não termos, ao nosso lado, a mesma euforia que tínhamos antes, durante o trabalho febril e apaixonado que resultou naquilo tudo. Estamos de volta aos nossos sentidos, não há mais desculpa para nossa consciência; só nos resta enfrentar a nossa criatura, nosso monstro irreversivelmente concebido. Arrancar o lençol é descobrir este monstro logo ali, colado à nossa pele – e não mais em algum ponto distante de nossas mentes ou almas. Quando se ergue o lençol, caímos de volta ao mundo do real e do racional, somos surpreendidos por essa luz dura justamente no momento que expomos o que nós temos de mais vulnerável, o ponto mais maleável de nossa carne à mercê de um mundo pontiagudo. Não é fácil.

Mesmo assim continuo, continuamos criando nossos monstros, um após o outro, erguendo o lençol e sofrendo a cada vez que somos forçados a encarar nossas criações. Pois isso é encarar o que há de pior em nós, é destruir as ilusões confortáveis de que somos, ao final de tudo, boas pessoas. Fazemos isso porque somos escravos de nosso poder, do êxtase que o segue e que nos domina. Tentamos nos tornar deuses, mas nosso poder é incompleto, a nossa vida não é viva e nem é bela – é horrenda e monstruosa; é a Morte nos encarando na sua forma mais primitiva.”

[Ingolstad's Tribune - Julho de 1915]