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20100923
ela
o problema é que ele não estava morto nem nunca estaria, não enquanto ela estivesse viva também, ele só morre quando não existir mais e ainda existe no remorso e prazer dela e nos dedos dela que ele já beijou e nas paredes pelas quais ele já percorreu os dedos tanto tempo atrás e tão pouco tempo atrás, um fantasma em corredores e em televisões e em carros, só quando tudo que ele já tocou e pensou e comeu e amou virar pó e esse pó virar estrela e essa estrela se apagar em escuro ele vai deixar de existir e então vai ter sido ridículo e ineficaz tê-lo matado e é por isso que ela está andando por um corredor e percorrendo sua parede com os seus dedos como quem pensa em porque somos assim e talvez seja nisso que ela está pensando, talvez seja no quanto se arrepende ou talvez não esteja pensando nisso, talvez esteja pensando em não pensar nisso, com toda a força que ela tem, que não é pouca, andando um pouco bêbada e um pouco fora de si mas por isso totalmente si-mesma, mais do que antes, digitando em computadores confissões disfarçadas de imagens, sem nenhuma realidade que não a dela mesma, vendo a si mesma refletida em telas apagadas e acesas, com sons que ela não sabe mais ouvir a não ser a própria voz, ela luta com sua alma, mesmo sem acreditar ter uma, com palavras que não são mais do que eu sou, que são mais do que são, som e sim, ela uma moça bonita de futuro sem futuro, andando por paredes manchadas de velho que não mais, diz-se que não dizendo só uma palavra mas somente todas, coisas que ela já não sabe mais a não ser esquecer, verdade é aquilo que eu já descobri mas não me recordo, ela é pequenas manchas em sólidos não-euclidianos que vagam na velocidade dos sólidos não-euclidianos, mais e menos, ela ama a si mesma tudo o que podemos, ela só um abismo, sem tempo para nada que não nada, sentindo um, ela esquece.
isto é:
amor,
eu,
fim,
guilherme assis,
identidade,
paradoxos,
poesia,
romance,
tempo
20100801
prólogo, um homem que via longe
Os pais dele não tinham sobrenomes, ninguém sabia por que, eram só Maria e João¹, de modo que, quando ele nasceu, puderam ser artistas absolutos sem nenhum veto, e então ele se chamava Rafael Saudade.
Cresceu sem ficção e se tornou um jovem rapaz de olhos opacos e grande alcance vocal, sem que isso, de maneira alguma, lhe inclinasse a qualquer predisposição melódica. Ficou órfão aos 22 anos, já trabalhando, já encaminhado, e então enlouqueceu.
De início, acreditava ser jesus cristo. Não uma reencarnação², mas o único e verdadeiro - o messias judeu, também chamado jesus(yeshua). Ele, que nunca tinha nem mesmo se interessado pelo judaísmo e suas místicas, se viu lambuzado em uma teia inexplicável de rashis de olhos saltados, sua neshama em chamas, sem ahava. Os amigos achavam ser apenas mais um caso de intoxicação midiática (a Kbalah, etc) quando, de um salto, curou-se e passou, imediatamente, (não antes de ter construído um templo em seu quintal, rebatizado de Yerusalehm) a viver apenas em dias primos, contados a partir do calendário gregoriano, a partir da criação (laica) do universo.
Desapareceu, portanto, por um tanto (informações incompletas), até ressurgir completamente normal.
Tinha se tornado o homem mais normal e sensato do universo conhecido, o que o tornava completamente louco e inapto para o conluio em sociedade.
Todas as atitudes insanas de seus coabitantes destruíam sua paz interior incessantemente, todas as inconstâncias e absurdices que tornavam a vida de todos razoáveis, divertidas e bem-temperadas se tornaram um peso em demasia insuportável para os pobres ombros de Rafael e então ele tornou a enlouquecer.
Dessa vez, acreditou poder ser feliz, e casou-se com uma fulana. Fugiu de qualquer que fosse seu trabalho³ e foi morar no campo, onde abriu uma fazenda que ele arava com prazer todos os dias. Arou por vários anos até que aconteceu o que todos sabemos.
Por favor nos ajudem a procurá-lo.
1. nomes ficcionais
2. aqui é usado um termo incorreto, pois para os cristãos jesuscristo apenas "voltará", sem o uso dos grandes tubos ectoplasmático-temporais que caracterizam a reencarnação kardecistespírita - ele foi, ele volta, simples assim.
3. alguns o situam como auxiliar da área de discos da saraiva megastore shopping iguatemi nessa época, mas carece de fontes.
Cresceu sem ficção e se tornou um jovem rapaz de olhos opacos e grande alcance vocal, sem que isso, de maneira alguma, lhe inclinasse a qualquer predisposição melódica. Ficou órfão aos 22 anos, já trabalhando, já encaminhado, e então enlouqueceu.
De início, acreditava ser jesus cristo. Não uma reencarnação², mas o único e verdadeiro - o messias judeu, também chamado jesus(yeshua). Ele, que nunca tinha nem mesmo se interessado pelo judaísmo e suas místicas, se viu lambuzado em uma teia inexplicável de rashis de olhos saltados, sua neshama em chamas, sem ahava. Os amigos achavam ser apenas mais um caso de intoxicação midiática (a Kbalah, etc) quando, de um salto, curou-se e passou, imediatamente, (não antes de ter construído um templo em seu quintal, rebatizado de Yerusalehm) a viver apenas em dias primos, contados a partir do calendário gregoriano, a partir da criação (laica) do universo.
Desapareceu, portanto, por um tanto (informações incompletas), até ressurgir completamente normal.
Tinha se tornado o homem mais normal e sensato do universo conhecido, o que o tornava completamente louco e inapto para o conluio em sociedade.
Todas as atitudes insanas de seus coabitantes destruíam sua paz interior incessantemente, todas as inconstâncias e absurdices que tornavam a vida de todos razoáveis, divertidas e bem-temperadas se tornaram um peso em demasia insuportável para os pobres ombros de Rafael e então ele tornou a enlouquecer.
Dessa vez, acreditou poder ser feliz, e casou-se com uma fulana. Fugiu de qualquer que fosse seu trabalho³ e foi morar no campo, onde abriu uma fazenda que ele arava com prazer todos os dias. Arou por vários anos até que aconteceu o que todos sabemos.
Por favor nos ajudem a procurá-lo.
1. nomes ficcionais
2. aqui é usado um termo incorreto, pois para os cristãos jesuscristo apenas "voltará", sem o uso dos grandes tubos ectoplasmático-temporais que caracterizam a reencarnação kardecistespírita - ele foi, ele volta, simples assim.
3. alguns o situam como auxiliar da área de discos da saraiva megastore shopping iguatemi nessa época, mas carece de fontes.
isto é:
anúncio,
bildunsgroman,
dessa vez é pessoal,
eu,
guilherme assis,
mentira,
narrativa,
uma tentativa
20100626
20100525
(`)Arepública
Idiota!,
destilado e fermentado, abrindo o coração para o mundo de maneira que não há volta,
_____
(my heart of glass)
Prometo que é a última vez.
KnockKnockWhosThere?
A República,
um beijo de boa noite.
destilado e fermentado, abrindo o coração para o mundo de maneira que não há volta,
_____
(my heart of glass)
Prometo que é a última vez.
KnockKnockWhosThere?
A República,
um beijo de boa noite.
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