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20091010

Atividade_17: um Texto fora de seu Tempo natural e, portanto, ainda pior do que simplesmente ele (OU: DISTANCIAMENTO HISTÓRICO)

Naquele dia choveram molotóves.

Bum badabum bada-plasch! Era tanto fogo que nem dava tempo de pensar que era fogo.

Comia capacete, escudinho, farda, armadura. Os cacetes de borracha e ferro brochavam na mesma hora.

No chão também queimavam os cravos – ah, sim! Nem o tanque resisitu e também queimou, rosa-choque e não-aprovado-em-assembléia.

As faixas, os cartazes, as botas e as balas de borracha queimavam tudo junto num fogo só, repressão e reprimido berravam do mesmo jeito debaixo do vidro e do fogo que não parou de chover até acabar aquela palhaçada toda.

Havia um deus, e ele ouvia sex pistols.

20090407

Hector Babenco anuncia ópera

O cineasta argentino naturalizado brasileiro Hector Babenco, 63, anunciou hoje durante o encontro realizado no Teatro Folha com Tristan Olmos, documentarista uruguaio, que prepara para 2011 a estréia de seu primeiro trabalho como diretor de óperas.

"A trama central já está decidida", contou Babenco, "Mas alguém precisa colocar dinheiro nisso tudo antes do projeto ser concretizado."

Segundo o cineasta, a principal dificuldade encontrada para conseguir patrocínios é a falta de uma tradição operística nos grandes teatros do sudeste. "Se eu quiser montar meu espetáculo em Manaus, tudo bem, mas ninguém vê. E paulista tá mais interessado em show da MTV."

Babenco acrescentou ainda que já foram sondados para compôr o elenco os atores Erik Marmo e Ailton Graça, e as atrizes Marília Pêra e Luisa Moreira Salles.

A ópera será uma adaptação de "Matadouro 5", romance de Kurt Vonnegut escrito em 1969. Ao ouvir a pergunta de um estudante presente, que quis saber em qual idioma será realizado o espetáculo, Babenco levantou-se bruscamente e respondeu que será "Obviamente em italiano! Não há outra língua possível para uma ópera decente!"

Sérgio Rizzo, mediador do debate entre Babenco e Olmos, perguntou se o cineasta estava querendo continuar a linha que Woody Allen abriu recentemente, ao dirigir uma ópera no Metropolitan, em NY.

"Woody Allen é um idiota, um mitômano. Não é à toa que ninguém vê os filmes dele."


da reportagem local.