muitos jovens literatos costumam me enviar perguntas sobre o que fazer
com um personagem, uma vez concebido. questões éticas sobre os direitos
ou vontades desse personagem parecem turvar um pouco a visão criativa de
alguns colegas. outros se encontram simplesmente paralisados ante a
infinitude de possibilidades para cada personagem, e acabam vendo sua
estória definhar entre episódios cotidianos totalmente desinteressantes e
situações absurdas que parecem ser a única maneira de empuxar a
narrativa. nada disso, no entanto, importa; desde que seu personagem
seja fera, BEM fera. no momento em que vivemos, o da pós-narrativa
neoantidramática, pode-se dizer que toda a nossa energia criativa deve
se concentrar na criação do personagem. então ele existe (como imagem, acima de tudo) e já não é mais preciso contar o que acontece com ele. ele de fato não precisa fazer nada - é claro, desde que ele cumpra sua função primordial: a de ser
muito fera. com isso feito, basta a você, criador antenado com seu
tempo e sua realidade, presentear o mundo com sua criação. espalhe seu
personagem por aí! coloque-o em todos os lugares, absolutamente todos!
ele merece viver por si só, longe do mofo da velha narrativa, longe de
situações mal-ajambradas e descrições desnecessárias. deixe-o viver, e
ele viverá. talvez ele morra, mas se isso acontecer é porque ele não é
fera o suficiente (lembre-se: essa é a única coisa que importa). só
assim seu sucesso será pleno.
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20140730
20130425
tartaro
você coça coça coça
mas aquilo não sai
você bebe bebe bebe
mas aquilo não sai
você assoassoassoa
mas a quilo não sai
você tenta tenta tenta
[coro: é a paixão de viver]
EDIT:
mas aquilo não sai
você bebe bebe bebe
mas aquilo não sai
você assoassoassoa
mas a quilo não sai
você tenta tenta tenta
[coro: é a paixão de viver]
EDIT:
isto é:
dandaças,
H.Chiurciu,
loko,
poesia de geladeira,
vergonha pública
20130220
20121228
20110831
20110629
mundo em doistempos: JAPÃO vs. VERSACCE
isto é:
cocota,
dístico,
duelo,
fotografia,
H.Chiurciu,
japão,
loko,
moda
20110430
counting on me
i was counting
one two and three
how many of us can there be
(and when i say us i mean
me and me and me
and not me and you and she)
because being in a whole
one two and three
is not at all being free
it is on the contrary
being free to be me
but not to be me or to be me
for all the time i think about us
(i mean me and you and she)
i am not even there to be me
one two and three
how many of us can there be
(and when i say us i mean
me and me and me
and not me and you and she)
because being in a whole
one two and three
is not at all being free
it is on the contrary
being free to be me
but not to be me or to be me
for all the time i think about us
(i mean me and you and she)
i am not even there to be me
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