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20130108
20121004
20100802
Um dono e seu cão
* estica seu braço e agarra as bochechas de # com a mão. # beija seus dedos, sua palma, se aninha com carinho na mão pequena de *. * é sério e olha de longe. Ele gosta de ter o controle, de dizer quando é hora de ser adorado e obedecido e quando não. * se sente bem como homem; amanhã, quem sabe, ele passe a ser mais carinhoso. Mas # não se importa; ela ama *.

20100724
O observador da crítica, parte 7.
A contrapartida ocorre no último plano, com o escritor saindo para o extracampo e indo para o beleléu. É um desfecho notável, de fusão complexa, pois o inusitado e a ironia da cena geram a perplexidade e o sorriso cínico. Rimos do nosso duplo projetado, matamos esse outro, até então nosso idêntico e esperto, agora pobre azarado boçal, que estava na tela. Um jogo perverso, o desse final, que nos coloca como covardes ou algo pior.
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spoiler
20100617
variação em fagote
“(...) a opressão impõe ao dominado limitações que vão além do espectro político (tanto a negação democrática mais direta quanto a manipulação ideológica definida pelos exemplos dominantes) e do óbvio alijamento que se dá pela influência esmagadora da cultura opressora – a condição de oprimido, até mesmo quando autoconsciente, é uma prisão exclusivista : o dominado se descobre dominado e passa a se definir por isso – é apenas oprimido, sua personalidade sendo suprimida ante um traço tão forte – e isso se reflete na arte “rebelde” dos dominados, sempre preocupada com sua condição, sempre voltada para si mesma em um solipsismo preocupante, sempre nervosamente ciente de sua situação desfavorável, nunca capaz da leveza (irresponsável, burguesa, alegre) inconsequente da arte dominante. Os oprimidos somos incapazes de sorrir.” Paulo Emílio Salles Gomes in “Êxodo”
nunca na vida eu queria ser assim um moço pequeno e aleijado, não mesmo, queria ter perna-de-pau e ser pinóquio crescido, voando, elementar que nem carbono, fonte, fui passando pelo beco com os dedos cobertos de melaço - me chamo juca, sou esperto, pego duas moças pelo preço de uma; gêmeas, uma não sabe quem é a outra, escapo-já em tumtumtá - acusando crime: LADRÃO, assassino!, enfiei o braço na botija mas não sabia que tudo ficava tão feio, achei que era só uma moça-estátua-recipiente-de-felicidade, enfarto não é minha culpa...
CORO:
Veja só
o menino
que fugiu
da escola!
Pé-de-pato
sorridente
morre logo,
joga bola!
E Juca, agora, sem chance alguma de escapar - uma vida inteira de marginalidade resumida em um instante, decisivo, clássico, definidor, autocontido - fractal (um conceito que não sabemos entender; chegamos no máximo até a teoria dos fluidos ilustrada pelo carrossel holandês, no máximo, e a polícia cabisbaixa cercando o prédio olhando no relógio, 15h25, o Robinho já deve tar na quinta marcha, e aqui... Ele não existe mais, é só arquétipo e, droga, pera) agora sim, ele não existe mais, acuado em um barraco (se fosse desenvolvido (entre aspas, já que detroit ACABOU, ouviu, A-CA-BOU, a queda do império, agora só vivem ratos e astrólogos lá) seria uma fábrica abandonada - símbolo do quê, exatamente?, não sei) com uma bazuca, isso mesmo, BAZUCA nas mãos, ameaçando estourar tudo se não deixam sair, a rua vazia, ninguém

e aí, bumpaticurungudum, um salto temporal - o capitão major tenente olha o relógio e, nããããão!!!!, 17h40 já, uma gritalhada danada, na rua uma escola de samba chamada POVO, explodindo, balançando, logo Juca já sumiu, colorido, e vai votar esse ano, jájá todo mundo vota, eu sou assim, aqui, sambote, ê-ô-ê, eu
Queria falar sobre o que não bate mais no meu peito e o medo de
não, preciso explicar porque pensar numa solução já é
agora, só agora, murmuro sobre os gatos e as suas caudas
meu deus do céu eu
Os detetives John e Adolph nunca encontraram ninguém; "isso é passado, garoto, poeira de sonho" ----- não,!, num deserto sacando uma pistola e matando Cai-Sentado com fumaça mas não tem, não, eu ----- cambalhotando com voz-em-tudo rindo, Eu gosshtow dee voucêee, nossas mulheres, não, fiquem!!, fugindo pro abrigo agora
JOÃO: VEM VAGABUNDA
ELA: SUA.
beijo, sem pôr-do-sol.
NÃO DÁ MAIS, explodindo (mas não, explodir não é meu, não, pulando)
Juca segue dançando, ô danado, êêê.
nunca na vida eu queria ser assim um moço pequeno e aleijado, não mesmo, queria ter perna-de-pau e ser pinóquio crescido, voando, elementar que nem carbono, fonte, fui passando pelo beco com os dedos cobertos de melaço - me chamo juca, sou esperto, pego duas moças pelo preço de uma; gêmeas, uma não sabe quem é a outra, escapo-já em tumtumtá - acusando crime: LADRÃO, assassino!, enfiei o braço na botija mas não sabia que tudo ficava tão feio, achei que era só uma moça-estátua-recipiente-de-felicidade, enfarto não é minha culpa...
CORO:
Veja só
o menino
que fugiu
da escola!
Pé-de-pato
sorridente
morre logo,
joga bola!
E Juca, agora, sem chance alguma de escapar - uma vida inteira de marginalidade resumida em um instante, decisivo, clássico, definidor, autocontido - fractal (um conceito que não sabemos entender; chegamos no máximo até a teoria dos fluidos ilustrada pelo carrossel holandês, no máximo, e a polícia cabisbaixa cercando o prédio olhando no relógio, 15h25, o Robinho já deve tar na quinta marcha, e aqui... Ele não existe mais, é só arquétipo e, droga, pera) agora sim, ele não existe mais, acuado em um barraco (se fosse desenvolvido (entre aspas, já que detroit ACABOU, ouviu, A-CA-BOU, a queda do império, agora só vivem ratos e astrólogos lá) seria uma fábrica abandonada - símbolo do quê, exatamente?, não sei) com uma bazuca, isso mesmo, BAZUCA nas mãos, ameaçando estourar tudo se não deixam sair, a rua vazia, ninguém

e aí, bumpaticurungudum, um salto temporal - o capitão major tenente olha o relógio e, nããããão!!!!, 17h40 já, uma gritalhada danada, na rua uma escola de samba chamada POVO, explodindo, balançando, logo Juca já sumiu, colorido, e vai votar esse ano, jájá todo mundo vota, eu sou assim, aqui, sambote, ê-ô-ê, eu
Queria falar sobre o que não bate mais no meu peito e o medo de
não, preciso explicar porque pensar numa solução já é
agora, só agora, murmuro sobre os gatos e as suas caudas
meu deus do céu eu
Os detetives John e Adolph nunca encontraram ninguém; "isso é passado, garoto, poeira de sonho" ----- não,!, num deserto sacando uma pistola e matando Cai-Sentado com fumaça mas não tem, não, eu ----- cambalhotando com voz-em-tudo rindo, Eu gosshtow dee voucêee, nossas mulheres, não, fiquem!!, fugindo pro abrigo agora
JOÃO: VEM VAGABUNDA
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beijo, sem pôr-do-sol.
NÃO DÁ MAIS, explodindo (mas não, explodir não é meu, não, pulando)
Juca segue dançando, ô danado, êêê.
20100616
20100602
FESTA
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20100529
20100401
Travel Log 2: Adeus, Vegas.
"O centro da cidade é muito bonito à noite.
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20100325
Cavalo: substantivo aplicável a consumidores
Três são as razões que me levam a postar o que ora posto. Há a notança de algumas obras recentes no blog, há meu desejo de romper uma ausência prolongada minha e há também a urgência de que o mundo todo tome conhecimento deste que é um dos mais belos esforços interpretativos de todos os tempos, também porque dotado de elevada preocupação social.
Deixo claro, portanto, que não possuo nenhum mérito em relação ao texto, senão o de tê-lo encontrado em meio a tanta besteira que se vê na internet e o de ter percebido seu valor e sua nobreza. Todos os créditos se devem, portanto, a Mário Osny Rosa, poeta e advogado (não diplomata), com merecida menção ao seu website, http://www.mario.poetasadvogados.com.br/.
Negritei:
Dizem que nosso vocabulário é o que mais evolui com palavras que nada tem com o nosso português, isso é mesmo uma realidade a última a acontecer veio à tona com a renovação dos contratos das empresas que fornecem telefonia aos usuários em geral nesse país capitaneados pela economia globalizada e até o nosso idioma entra nessa faceta. Onde foram buscar essa palavra cidadão hiposuficiente? E o que realmente essa palavra venha qualificar em nosso meio? Pela etimologia da palavra, hipo se refere a cavalos hipódromo, já suficiente é aquele que tem de tudo boa vida boa remuneração boa casa telefone televisão e fartura na sua dispensa. Essa de brasileiros serem tratados de cavalo boa vida é coisa inédita na vida de brasileiros em geral, o autor dessa palavra merecia um titulo do MEC por ser o maior inovador de nossa língua.Em nosso país não existe pobre, muita menos pobreza, na qualificação dada pela Anatel quando se trata dos benefícios da telefonia nacional, pois hiposuficiente não identifica essa parcela da população em nenhum momento de nossa história. Vejamos se a população e o cidadão hiposuficiente terá direito ao telefone social, isso também diz o mesmo que os cavalos ricos terão telefone a preços irrisórios, na mente do autor desta inovação de nossa língua.Quem foi o revisor final desse acordo para sair em público tamanha gafe em nossa língua, ainda mais gostaria de saber qual foi à escola que freqüentou o referido autor. Pelo que percebi o autor ficou com vergonha de dizer que somos a maiorias de pobres nesse país e lascou a dita palavrinha inovadora no contrato, dando oportunidade aos detentores desse contrato cobrarem preços absurdos pela telefonia brasileira diante do nosso poder aquisitivo.Será que foi essa a posição tomada pelo autor?Viva o cidadão hiposuficiente.O autor queria fazer referência ao cidadão hipoinsufuciente, mas seria uma gafe tratar o pobre brasileiro dessa maneira, cavalo morrendo de fome ou fraqueza.
E não há, mesmo, quem não partilhe da indignação do autor.
20090922
20090921
20090920
20090915
Antes ou Depois

"Colheria cachinhos uma vida inteira, se fossem todos tão redondinhos e cheirosos como aqueles que sua querida filhinha me entregou na cama de tafetá de seus papais e mamães que viajavam para o litoral buscando um casamento que não ia mais voltar, e era bom assim."
(Fábulas de Bazin - pgs. 37/38)
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20090807
20090707
Trechos de não-Clássicos Vol. 1
"... pensamento que o acometeu, a ponto de desequilibrar sua alta classe polida: era tão bonita, mas estava tão gripadinha."
- Retirado de Filosofia Express, de autor já falecido (1986-2009), Ediboing.
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