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20140520

1º encontro cybernético de apreciação filmográfica lusitana: contraplano

nos divertimos muito com o filme tenho a impressão q meu colega deve concordar tambem ele deve e os demais admiradores do cinema lusitano que porventura tenham visto que nossa um inferno deve ser ver esse filme na tv então ainda bem que eu adiei a assistência e só o vi em companhia de um colega nesse novo programa noturno que a tecnologia nos permitiu (nao digo sobre ver no cinema ver no cinema esse filme deve ser bom) mas nao só de danças alegres vivemos houve também uma hora mais tensa do filme que eu resolvi ilustrar aqui com o que chamei de uma balada infernal divirtam-se naquele querido mês de apocalipse


1º encontro cybernético de apreciação filmográfica lusitana

olá amigos

com o advento de novos tempos novas tecnologias estão disponíveis o que pode tornar a vida um tanto quanto difícil em algumas ocasiões mas também em outra pode proporcionar sensações incríveis bem hoje eu devo dizer que passei bons momentos com um grande amigo meu veja estávamos os dois receosos pois um filme muito bacana que queríamos ver era também muito longo e estávamos sem companhia para dividir as longas horas da fita e aí veja que nos lembramos do tempo em que vivemos e tivemos a ideia de enfim botar a tecnologia inteiramente ao nosso favor bom foi incrível o filme é ótimo e nos divertimos bastante como podem ver na imagem abaixo espero que vocês se divirtam também!!! ;D



20140211

venus dançante


[ou: como se Cranach fosse amigo de Edison em certo momento histórico do cinema]

20130514

mitologia de botequim.







fiz câmera uma vez para um pequeno documentário pouco ambicioso sobre bailes de tango em são paulo. à época, eu era muito cru e muita coisa ficou ruim. problemas técnico-estéticos, certo constrangimento. mas me serviu para cunhar uma anedota mítica sobre minha relação com os retratos, sobre o ato de retratar, sobre estar atrás de uma câmera. era um evento grande em um salão estranho, e descobrimos (eu, meu irmão e henrique) quase na hora do evento que precisaríamos de roupas sociais para lá entrar. improvisamos. eu não tinha bom terno, nem bons sapatos, nem nada adequado - fui muito mal vestido, todos estávamos um pouco mal, um pouco ridículos, com uma câmera muito ruim, com um microfone pior ainda, um tripé péssimo. sabia que as coisas estavam indo mal, mas não havia muito mais a fazer além do trabalho. costuma ser assim: saber que está errado não é suficiente para fazer diferente.

(é uma digressão que pretende se tornar progressão em breve)

sentamos alguns dos personagens mapeados e filmamos entrevista com eles. não sei o que eles falavam, não conseguia escutar nada com o barulho. meu irmão perguntava, henrique precisava estar invasivamente perto dos entrevistados com o microfone duro, de mão, o mais próximo possivo. pra mim, uma bola prateada entrando em quadro. para ele, provavelmente, dor pela posição forçada. por algum motivo, queríamos o corpo dele fora de quadro (hoje eu faria diferente). isto é: meu irmão precisava colocar no jogo, henrique precisava se colocar em jogo, mas eu, apenas eu, estava duplamente protegido. distante. escondido atrás da câmera, olhando pelo visor eletrônico. sinceramente, não lembro quase nada, quem entrevistamos... tinha a juliana, professora de tango na fau, amiga de meu irmão, e

havia uma dupla curiosa, um pai que dançava tango e começou a levar a filha aos bailes, e ela também começou a dançar tango com o pai e com as duplas que começaram a aparecer. foi uma entrevista um pouco esquisita, havia uma dinâmica de constrangimento visível, no modo como alternavam a fala. pelo que me lembro, ela falou pouco, pode ser que minha memória tenha pouca relação com o que de fato aconteceu. sei que, nesse incômodo presumidamente compartilhado (meu irmão como entrevistador, henrique captando um som que provavelmente sairia muito ruim, pai e filha colocados em cena, eu suando no meu terno e cansado de ficar de pé num sapato ruim), aconteceu algo que me marcou e provavelmente mudou algo em mim.

a filha, provavelmente pelo incômodo da situação, não sustentava as regras do jogo. ela encarou algumas vezes a câmera, a minha lente, a minha câmera, a mim. evidentemente, ela não me encarava, mas, para mim, a insistência de seu olhar atravessava a câmera que antes me protegia. percebi naquele momento que retratar alguém, mesmo em uma entrevista ingênua para um filme ingênuo, não era uma atividade isenta, que eu também estava em contato com aquelas pessoas, que havia comunicação ou má comunicação em meu ato.

não sei como o filme ficou. ele nunca terminou direito.


20130425

tartaro

você coça coça coça
mas aquilo não sai


você bebe bebe bebe
mas aquilo não sai

você assoassoassoa
mas a quilo não sai

você tenta tenta tenta
[coro: é a paixão de viver]




EDIT:

20101020

PRESQUE RIEN, numéro un.

— Je suis à bout de souffle ! — elle m’a dit — La vie est impossible !

— Oui, oui — je riais à elle, qui était gracieusement jolie quand son air « existentialiste » la possédai —, mais Godard ne peut aider personne.

— Je ne le crois pas. Pour quoi ?

— Parce que ! Écoute-moi : je vais acheter quelque chose là-bas, donc… Ne fais rien de stupide, d’accord ?

Elle m’a regardé attentivement. Je ne savais pas ce qu’elle pensait (bien sûr, ceci n’est pas de la littérature ! c’est le… cinéma vérité ; presque !), mais je savais que je pouvais croire en elle :

— D’accord, d’accord. Le suicide n’est pas la réponse aujourd’hui — elle a dit, en fermant les yeux – Je dors et j’oublie tout. Si j’étais américaine je pourrais acheter une mitrailleuse et… « Tatatatata » ! Les assassinats aléatoires !

— Heureusement, nous sommes brésiliens et tout que nous faisons c’est assassiner le français. Veux-tu quelque chose à manger ?

— Oui, merci. Un pain au fromage.

— D’accord. Au revoir !
Je suis parti, elle est restée là.


C’était la dernière fois que je l’ai vue. Merde.