20131123
20110310
20100601
20100323
castores escancarados: um acúmulo falsamente indiscriminado dos rascunhos não-publicados da República: o que há por debaixo do nosso tapete é de todos
Ela e
Comecei a jogá-lo e fui percebendo que
Esse mês chegou às minhas mãos uma edição remasterizada de um disco do Eric Dolphy, de 1961, intitulado (pasmem...) 'Outward Bound', de modo que achei válido expor aqui minhas impressões sobre essa obra. Mas por outro lado...as críticas de disco são todas extremamente chatas, e não quero repetir aqui os estereótipos e expressões como "o disco peca..." "o virtuose do instrumento" e "solos impagáveis". De modo que vou expressar minhas impressões (trabalho extrusivo!) com algumas imagens e sons.
Faixa 1. "G.W."
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Faixa 2. "On Green Dolphin Street"
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Faixa 3. "Les"
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"Tão angulosa quanto!" - Teddy Horns, "Downbeat", 1961.
Faixa 4. "245".
Faixa 5. "Glad to be unhappy"
Faixa 6. "Miss Toni"
[Photo]
De modo que, sendo assim, devo dizer que é um bom disco. Não chega aos pés do que Dolphy viria a produzir nos anos subseqüentes (e logo anteriores a sua súbita morte), como o estupendo "Out to Lunch", mas nessa trilogia do "out" - que eu me permiti criar, unindo assim 'Outward Bound', 'Out There' e 'Out to Lunch', que podem também ser lidos como uma espécie de...linha evolutiva do trabalho deste inovador -, bem, quase não há erros.
As reedições de Rudy Van Gelder, engenheiro de som, valem ouro, e pode-se dizer que estão sendo vendidas por um preço bem acessível, ainda mais se comparado com o restante do catálogo de jazz.
Aproveitemos e desfrutemos deste que é o único verdadeiro género musical em que Bowie ainda não se aventurou.
Ontem mesmo conheci Beto, do vigésimo segundo. Nunca gostei de nada que viesse daquelas bandas, porque, depois do número dez, os quiosques - as populares “barraquinhas” - são todos terríveis de morrer, eu mesmo só suporto a dez, a onze e a doze, porque duas meias dúzias não é tão ruim assim. Mas se passar disso, não olho nem na cara do dono. Só ontem que foi diferente, por causa do Betão. Ele parecia atarefado, correndo com um guarda-sol em uma mão e um vidrinho na outra e lá se foi o vidro no chão, ali mesmo na frente do meu (ai, ai, se eu pudesse falar isso sem ser sarcasticamente teocrático!) espaço. O choro com risadinha que ele deu foi tão simpático que não pude negar-lhe ajuda e ajudei a catar as bolinhas brancas. Ele pareceu sinceramente agradecido.
LÓBULOS
Sinto que o lóbulo da minha orelha direita está ficando tímido. Durante o meu cochilo na areia de ontem, eu não senti nada, mas assim que acordei percebi que ele tinha entrado no meu ouvido, assim, um pouquinho. Aí eu fiz “poc!” e ele saiu, vermelhinho, vermelhinho.
GALO
Fui atingido por um liquidificador. Ele caiu do alto, não vi de onde. Mas vou perguntar ao sujeito do prédio grandão se ele tem alguma relação com isso, assim que ele aparecer.
MAS E DE QUEM VERDADEIRAMENTE É AQUELA MÁSCARA?
Senti-me incrivelmente excitado hoje na presença de uma mulher que usava aqueles produtos faciais todos verdolengos e pepinos. Mas ela também tinha uma tatuagem, tribal, que eu não gosto, acho supérflua. É um páreo duro, esse de ter que decidir se é melhor a cacota verde ou o anurauê na nuquinha. Nenhum esquimó passa por isso, eu aposto.
Boa tarde a todos,
L E T Í C I A O L I V E I R A
Foi na procissão no sábado; na missa domingo, sábado com Pe. Francisco e sexta-feira.
Nós a coraçamos.
Ela coraçoa pintinhos.
"Os Los Hermanos [banda de seu namorado, Marcelo Camelo, 30] sempre foram uma influência, eu sempre adorei
Curto circuito, sendo que saímos de:
1. ---------->
Atenção seres abissais feitos de pus! Cá está mais uma inútil, ínfima e infame resenha de algum jogo completamente desconhecido e bizarro!
O título de hoje é Mystical Ninja: Starring Goemon, de Nintendo 64, publicado pela Konami (óia!).
Bem, trata-se de mais uma aventura em 3d no estilo Mario 64, mas com algumas diferenças.
Primeiro: você pode jogar com até quatro personagens diferentes, cada um com três armas próprias e uma magia.
não havia mais arte.
i've lost you i've lost you i've lost you i've lost you
20091022
Diálogo-de-cabeceira
20090802
Atividade_28: Último Resumoriental
No meu pau quer se vingar
Não me importo; como.
20090609
Atividade_5: Doutor F.
“Acredito que o momento mais difícil desse processo seja, ao final de tudo, tirar o lençol. É nesse momento em que expomos o nosso trabalho, nossa monstruosidade para o mundo, mesmo que ninguém mais efetivamente veja o que fizemos. É complicado.
Expomos nosso trabalho ao ar que nos cerca, aos olhares de desgosto, inclusive o nosso próprio. Pois mesmo que saibamos em nossas mentes o resultado de tudo aquilo... O nosso trabalho é feito quase sempre debaixo do lençol, por trás de uma névoa segura que isola nossos monstros em uma outra realidade, um outro modo de existência. Ao erguer o lençol, estamos destruindo esta ilusão, aceitando a existência de nossas monstruosidades mais íntimas; não podemos mais negar a proximidade daquilo que fizemos e de nós mesmos, nossas mãos estão impregnadas pelo fruto do nosso trabalho.
Este momento crítico de revelação se agrava ainda mais por não termos, ao nosso lado, a mesma euforia que tínhamos antes, durante o trabalho febril e apaixonado que resultou naquilo tudo. Estamos de volta aos nossos sentidos, não há mais desculpa para nossa consciência; só nos resta enfrentar a nossa criatura, nosso monstro irreversivelmente concebido. Arrancar o lençol é descobrir este monstro logo ali, colado à nossa pele – e não mais em algum ponto distante de nossas mentes ou almas. Quando se ergue o lençol, caímos de volta ao mundo do real e do racional, somos surpreendidos por essa luz dura justamente no momento que expomos o que nós temos de mais vulnerável, o ponto mais maleável de nossa carne à mercê de um mundo pontiagudo. Não é fácil.
Mesmo assim continuo, continuamos criando nossos monstros, um após o outro, erguendo o lençol e sofrendo a cada vez que somos forçados a encarar nossas criações. Pois isso é encarar o que há de pior em nós, é destruir as ilusões confortáveis de que somos, ao final de tudo, boas pessoas. Fazemos isso porque somos escravos de nosso poder, do êxtase que o segue e que nos domina. Tentamos nos tornar deuses, mas nosso poder é incompleto, a nossa vida não é viva e nem é bela – é horrenda e monstruosa; é a Morte nos encarando na sua forma mais primitiva.”
[Ingolstad's Tribune - Julho de 1915]
20090604
Atividade_1: Muler de fases (une memoire)
"A gente morava tudo junto, tocava violão, bebia... Bom, era basicamente um apê cheio de vagabundo achando que ainda tava no auge do, sei lá, novobaianismo. Mas era legal, era uma turma toda muito juntinha e tal, a gente funcionava. Teve uma época em que o Gu chamou um amigo dele pra morar lá, acho que era Bruno ou Fernando, sei lá, um nome sem graça desses. Era um cara legal, assim, meio esquisito, mas nunca fez mal nenhum. O Lê que não curtia muito ele, mas tudo bem, a gente continuou funcionando – pelo menos por um tempo. Depois que o Lê e a Nina começaram a ficar juntos a coisa meio que degringolou. Eles foram ficando fascinados pelo centro, barzinho e cinema e aí a galera ficou toda animada também, ainda mais depois que teve aquela festa toda. Era legal, mesmo, só que era caro e a nossa grana não dava pra esse tipo de vida. Aí foi um tal de correr atrás de trampo, dinheiro, a coisa foi sofisticando, tudo pra sustentar um tipo de padrão de vida novo. Foi assim que acabou, eu não acho que tenha sido ruim, foi só uma coisa que aconteceu e que depois passou. Fase."
(BRASIL, B. do. in: Memoires dune Poutainette - Rio de Janeiro, Globo, 1997)