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20130227

a velha questão do espaço

tem um espaço aqui, que eu preencho
e outro que é impossível de alcançar,

alguma coisa assim: " ".


faz muito tempo que dois pedaços de espaço preenchidos vieram parar na minha mão - um depois do outro.

eu não lembro de onde eles vieram
[o espaço entre nós dois cresce infinitamente, agora:

eu posso gritar
mas não cabe a você me ouvir]

neles, existem coordenadas
mas o espaço que elas indicam já não se encontra,
já não te encontra.


viver é preencher esses espaços,
inconsequentemente.

não espero te encontrar;
espero até 
que eu me esqueça.















20110801

distância para anular o poema:

não tenho mais notícias suas

não sei que calças está vestindo
(36, 38, 40, 42, 44?)
ou os calçados
(33, 34, 35, 36, 37, 38?)
ou os cavalos
(dedo-de-moça, sorridente, sprinkler, branco, raio-de-fogo?)
ou os CEPs, ZIPs, DDDs, DDIs, DSTs, DILDOS
ou afins

sei que espero ansiosamente sua resposta

espero ansiosamente, sei, que sua resposta
seja você

você (um braço)
você (o abraço)
você (me sufoca)
você (transpiramos)
você (nos achamos)
você (mais uma vez)

você já pensou nestas palavras?:
sinto sua falta