velar para revelar o que se quer mostrar
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20131127
20131002
20130912
lorota fotográfica III
lara lorota atingiu o nível máximo
agora o objetivo é acumular
(itens, missões bem sucedidas, companheiros de aventura)
talvez conquistar uma posição de respeito entre seus iguais
(outros salvadores do mundo)
ela se sente realizada e
vazia
ainda há muito pela frente
mas o caminho só leva ao caminho
(lara se regozija nos clichês de sua vida virtual)
20130830
lorota fotográfica II
as ferramentas
(saber escrever, editar uma foto
olhar para as coisas
cultuar a imagem)
podem ser usadas das mais variadas formas
o tempo também
tenho gastado meu tempo jogando na internet
e editando fotos da minha avatar
que se chama lara lorota
não sei se é bom ou não
às vezes lembro que vou morrer
20130208
"prendam-me, por favor! já não posso mais!!"
dirigia pra casa numa madrugada qualquer quando me botei a pensar (eu tinha assistido recentemente a um filme que falava de freud e coisas do tipo, e estava um pouco confuso) me botei a pensar que a gente, ou pelo menos eu, raramente sinto que eu posso algo; o sentimento só existe quando eu não posso fazer alguma coisa - por incapacidade física, ou força das circunstâncias.
tenho a mais absoluta certeza que isso é um fato já conhecido e exaustivamente estudado por uma miríade de senhores e senhoras muito mais competentes do que eu, de forma que não quero aqui me colocar como um grande sábio nem nada do tipo...
mas passei a pensar, por exemplo, a respeito do modo como eu dirijo: completamente repreensível, ainda mais de madrugada, ainda mais quando sob força de pressões das mais variadas formas (o tempo, um compromisso, o sono, etc. etc.) e em como eu quase nunca sou parado nas ruas. eu, rapaz de figura quase decente, acima de tudo branco e guiando aquele carro japonês. me ocorreu então o óbvio, que eu posso mais do que outras pessoas, em outras circunstâncias (e, evidentemente, não posso tanto quanto outras, em circunstâncias ainda diferentes das duas primeiras).
isso me pareceu errado, absurdamente errado.
a minha formação de caráter (caractere, character, charque) se dá, acima de tudo, por um constante tatear de limites, do espaço estreito entre poder e não poder.
essa desigualdade [social, que se reflete] no campo das escolhas e das possibilidades gera inúmeras aberrações de personalidade (caráter) na sociedade; tanto o excesso de poderes quanto o excesso de não poderes deforma o cidadão.
e isso é (também) violência.
violência pra caralho, quando você para pra pensar.
.
.
.
então eu decidi abandonar minha vida, queimar meus pertences e rumar sem nome.
a partir de hoje, vou me dedicar a caçar todas as Aberrações que eu encontrar pela frente.
porque nenhum homiciodiozinho pode ser comparável a tamanha violência...
né?
tenho a mais absoluta certeza que isso é um fato já conhecido e exaustivamente estudado por uma miríade de senhores e senhoras muito mais competentes do que eu, de forma que não quero aqui me colocar como um grande sábio nem nada do tipo...
mas passei a pensar, por exemplo, a respeito do modo como eu dirijo: completamente repreensível, ainda mais de madrugada, ainda mais quando sob força de pressões das mais variadas formas (o tempo, um compromisso, o sono, etc. etc.) e em como eu quase nunca sou parado nas ruas. eu, rapaz de figura quase decente, acima de tudo branco e guiando aquele carro japonês. me ocorreu então o óbvio, que eu posso mais do que outras pessoas, em outras circunstâncias (e, evidentemente, não posso tanto quanto outras, em circunstâncias ainda diferentes das duas primeiras).
isso me pareceu errado, absurdamente errado.
a minha formação de caráter (caractere, character, charque) se dá, acima de tudo, por um constante tatear de limites, do espaço estreito entre poder e não poder.
essa desigualdade [social, que se reflete] no campo das escolhas e das possibilidades gera inúmeras aberrações de personalidade (caráter) na sociedade; tanto o excesso de poderes quanto o excesso de não poderes deforma o cidadão.
e isso é (também) violência.
violência pra caralho, quando você para pra pensar.
.
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então eu decidi abandonar minha vida, queimar meus pertences e rumar sem nome.
a partir de hoje, vou me dedicar a caçar todas as Aberrações que eu encontrar pela frente.
porque nenhum homiciodiozinho pode ser comparável a tamanha violência...
né?
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