Um homem cruza com uma mulher na rua.
Ela o encara por um breve momento e ele vê algo nos olhos dela.
'Talvez ela queira algo comigo'.
Ele pesquisa algo muito sério e talvez perigoso.
A imprensa o persegue. (Ele acha que a imprensa o persegue).
Eles se reencontram mais uma vez, na mesma rua. O olhar se repete.
Os encontros se tornam mais frequentes. Ele busca os encontros e tenta prevê-los.
Finalmente, ela o surpreende por trás e o encurrala.
"O que você quer?"
Ela tem algum tipo de missão importante e perigosa [talvez sobrenatural]. Ele se dispõe a ajudá-la.
* continua *
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20120505
20120103
arquivos do baú: um rascunho no fundo de uma gaveta
Ricardo pegou uns planos que a gente tinha filmado de dentro do carro dele e desacelerado até os frames durarem muito tempo e parecerem quadros fixos. Em cima da imagem ele fez uma animação, frame como cenário. A idéia era fazer uma animação bem louca, com regras aleatórias dos eventos cotidianos retratados.
20110613
20110517
20110516
20110509
20110405
provas
— Por quê, se você tem um scanner em casa...
— Sim, também tenho Photoshop e todo tipo de quilate, mas, como dizia Bresson:
"Todo método deve ser um método para se tornar um método"
Entende?
isto é:
arte conceitual,
preto e branco,
rascunhos,
ricardo miyada,
xilo
20101116
ANARQUISTA [14.03.2010]
Anarquista
Fogo
Porrada
Punhos em chamas
Cocota
Viagem
Qu’est-ce que je faire? Unfaire!
Ou seje...
Depressão. Tesão. Fuga da prisão, quebra de lacres, rompimento de pedágios em altíssima velocidade, mas derrepente!: bossa nova, sacocheio. Tacar fogo na praia, correr com a roupa do corpo, correr sem roupa no corpo; queda do abismo. Grito, peito rasgado, paixão sem limites imaginários. Fronteiras, perseguição, bombas – “Matei um, matei um”... Três meses depois sozinho numa cabana solta no mato, bebendo urina. É o fim.
Bebi com eles, joguei e contei as piadas que eu sabia. Foi pouco, muito pouco.
Euzébio nasceu em 3 dias diferentes: 21 de março pelo RG, 22 de abril pela certidão de nascimento e 4 de janeiro pela sua mãe. Confiemos, pois, na mão direita de seu pai.
20100702
Seus pais já foram jovens, um dia
Não faz muito sentido quando você para pra pensar, mas é desse tipo de coisa que você só pensa quando BLAM!, já foi tudo e tá só você ali largado numa cama sem força nem pra apagar o abajur da cabeceira.
SE você tiver essa tal força, bom... Aí você não vai ter luz. Sem luz, você dorme e aí você só acorda no dia seguinte (quando tiver luz à beça).
Sua boca pode ter gosto de merda.
SE você tiver essa tal força, bom... Aí você não vai ter luz. Sem luz, você dorme e aí você só acorda no dia seguinte (quando tiver luz à beça).
Sua boca pode ter gosto de merda.
20091023
Do quiosque do Jurandir, I.
POTE DE CHÁ
Era tudo meio campestre e me irritava o tempo que demorava para ficar pronto. Mas que era bom à beça, era. O chá no calor escaldante, pingando na palma da minha mão direita, ficava quase translúcido mesmo depois de uns sete minutos de infusão, quer dizer, o saquinho ali mergulhado. Aí quando sentia que a minha palma esquerda também já estava suficientemente lavada, ia em direção à fulana qualquer e massageava suas pálpebras.
RÓTULA DO JOELHO
Claro que entrava bastante areia, mas era natural na situação em que me encontrava. Em geral, dava pra fazer com uns oito clientes; quatro, se fossem casais. Dos oito, sempre um desistia, pensando duas vezes, vendo que estava quente mesmo e que esperar sete minutos no calor desgraçado pra uma bebida ainda mais quente, enfim, “deixa pra próxima” e iam em direção aos sorvetes, os desgraçados. Se não tinha mais ninguém por perto, chute neles!
VISITA DO AUXILIAR
Uma vez um sujeito falou que era auxiliar taxonômico num prédio grandão lá, e que era preciso agir rápido e servir todo mundo antes que o homem com voz de aço inoxidável congelasse todo mundo enquanto recitava “Europa” do Ginsberg ou qualquer outro pernosticismo auto-adulante. Saquei a metáfora e mandei-o pastar, porque a graça mesmo só existiria se ele cantarolasse a música do "Homem Muito, Muito Solitário".
FÚ-FÚ-RÍ-FUE-HUMM
“Aux Champs-Elysée, pé-ré-pó-ré-ró-rum, aaaaux Champs-Elysée, fú-fú-rí-fué-humm”, ficou uns dois meses na minha cabeça até sair. Era horrível, porque eu não conseguia simplesmente não cantarolar o trompetezinho (acho que era trompete, mas sinto que na verdade deve ser saxofone) do refrão, e eu sei que eu devia parecia ridículo e provavelmente espantava alguns clientes.
RETORNO DA TAXONOMIA
O fulano do prédio grandão voltou, o tal auxiliar, uns três dias depois. Quer dizer, preparei lá uns dez copinhos pra ele. Se era suficiente ou não, sei lá, mas reclamar ele não reclamou, então ficou tudo bem. Só que essa vez ele foi amável e me convidou para conhecer as instalações. O movimento tava fraco, então eu fui, sim. Acho que era tudo cenográfico, devia ser só de fachada, mas em cada mesa do andar em que ele trabalhava tinha pelo menos um liquidificador, quando não dois. Eu esperava algum tipo de apresentação, “Aqui nós fazemos tal, ali, oh, sim, ali é meu lugar favorito”, mas ele ficou meio quieto, mas sem estar irritado, só sorrindo e meio que contemplando tudo. Ele deve ter esquecido que eu não trabalhava lá. Enfim, demos a volta no andar, eu falei que precisava voltar, ele pareceu voltar à realidade, disse um “Oh, sim, sim, vai lá!”, tapinha nas costas e eu voltei pro meu posto.
ESTE É UM LUGAR NOVO
Taí uma frase que tinha na dublagem de uma animação que eu via quando era pequeno, e volta e meia volta à minha cabeça, talvez ainda com mais freqüência que a música desgraçada. E até a entonação eu lembro, “Estié um lugar NOvo!” Enfim, não era um lugar novo, eram os mesmos bancos de madeira, mesmo guarda-sol, tudo exatamente igual. Mas por algum motivo a frase apareceu na minha cabeça.
UMA DAS COISAS QUE ME IRRITAM
É nhoque:
isto é:
auto-referência,
capítulos,
chá,
litoral,
praia,
rascunhos,
Swordfishtrombone,
taxonomia
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