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20121203

Relatório de atividades desenvolvidas



Fomos a Bruxelas com o objetivo de realizar um documentário curta-metragem, em parceria com Sint Lukas e INSAS, sobre a cidade de Bruxelas. Já havíamos recebido em São Paulo as duas estudantes belgas, e agora cumprimos nossa contrapartida do acordo, realizando o filme na Bélgica.

Durante o período da viagem (13 de setembro a 24 de outubro), realizamos diversas atividades: conhecemos ambas as universidades, incluindo corpo docente e discente; discutimos sobre nossos projetos e reservamos equipamentos; participamos de aula ministrada por Rob Rombout vinculada ao projeto; realizamos as filmagens dos documentários (totalizando cerca de 8 horas de material), participamos de uma série de reuniões com o professor Rob Rombout e outros participantes do projeto (belgas e chineses), discutindo nossas propostas de roteiros para os documentários; participamos, credenciados como estudantes visitantes de Sint Lukas, do Festival Internacional de Gent; fomos à Bienal Manifesta, em Genk; assistimos a exibições e discussões de filmes estudantis, na tentativa de criar uma rede entre os alunos de nossa instituição e das deles.

Acredito que conseguimos realizar bem nosso objetivo principal, voltando com um material bruto muito rico para a edição de nossos documentários. Além disso, creio que conseguimos criar uma relação muito próxima com os membros do corpo discente das instituições parceiras, em especial Sint Lukas, compreendendo o modo como funcionam aquelas instituições e criando paralelos com nossa realidade. Também pudemos experimentar diversos outros modelos de produção de cultura e arte, como no espaço cultural Recyclart.

As experiências vividas lá fortaleceram meu aprendizado como diretor e fotógrafo, complementando meu estudo no Departamento de Cinema, Rádio e TV da Universidade de São Paulo: o aprendizado prático, lidando com as situações que surgiam durante a filmagem, uniu-se também ao aprendizado prático-teórico com Rob Rombout, experiente documentarista que orientou nossos projetos, e à vivência de outras formas de “produção” de cultura, o que é, em essência, o objetivo de nosso curso

20121021

fissuras escrotais





Acho que por recomendação de amigos acordei com testículos desatarraxáveis: vejo as roscas que rosqueiam, vejo os testículos soltos ao pé da cama, vejo minhas novas fissuras escrotais. No banheiro, busco uma caixinha para guardas os bagos.
- Couberam!
- E o que muda?
Passei a manhã em casa e, de diferente, só senti um vazio nas calças.
Na hora do almoço, no entanto, saí e interagi: cuspiram no meu prato duas vezes e deram risada. Fiquei triste, mas mais do que isso não consegui fazer. Então pedi licença e fui ao banheiro. Ao voltar, já com os testículos atarraxados, pude dar uma cusparada de volta. Um bobão.
No meio da tarde, passei por um aperto quando um deles de repente se soltou, fugiu da roupa de baixo e foi rolando pela minha perna até sair por cima do pé. Eu estava andando e por pouco não o esmago. Mas ficou tudo bem.
Três voltas para a esquerda, pumba; três para a direita, e está lá.
À noite, coloquei-os, pois tinha um encontro.
Pois é, meus amigos. 

20090712

Nelson Pereira dos Santos Está Vivo

NELSON PEREIRA DOS SANTOS -

Rsrsrs...umas três pessoas se assustaram e me perguntaram: "Que?! Mas ele não morreu?!". Quase respondi que, cinematograficamente, sim, depois de 'Brasília 18%' (que é uma piada só, filmeco pra mostrar os peitos da Bruna Lombardi)...mas Nelson acaba de completar 80 anos e vem recebendo várias homenagens mundo afora, mas a de ontem foi, ele disse, especial, porque ele nasceu aqui, então era o povo dele.

Aqui vão duas coisas que ele disse MESMO ontem:

"Eu prefiro ser cabeludo por dentro!"
- quando inquirido pelas Autoridades se não era ele também um cineasta barbudo e cabeludo.

"Me irrita muito essa história de que agora...bom, cinema não é mais cinema, agora é tudo 'audiovisual'. Mas me digam uma coisa, teatro não é um meio audiovisual também?"

ALGUMAS PERGUNTAS ENDEREÇADAS AO CINEASTA HOMENAGEADO:

"Afinal, o cinema americano dos começo dos anos 60 viu o surgimento de um grupo de cineastas independentes que buscavam outro tipo de cinema, não é mesmo?, Cassavettes, até mesmo o Andy Warhol, todos faziam um cinema mais livre, da mesma forma que aos poucos foi acontecendo na França, quando começam a fazer filmes os já-clássicos Truffaut, Godard, Chabrol, o grupo que ficou conhecido como 'nouvelle vague', então, bom, pensando nesse sentido, me diga: o senhor gosta de caqui?, enfim, queria que você falasse um pouco sobre a sua relação entre a narrativa em si e a produção. O que é que vem antes: a idéia ou a produção? "
- estudante de comunicação da Unesp

"Os cineastas aqui no Brasil até a década de sessenta eles eram, podemos dizer, meio marginais, aliás, o intelectual no Brasil sempre foi marginal , nunca teve assim um reconhecimento e voz na sociedade [suprimido da pergunta depois que Nelson&Cia evocam os modernistas]. Mas aí chega nos anos sessenta, cinema novo e tal, o cineasta ganha uma nova postura, um novo lugar na sociedade, pode ter voz [...] e você poderia falar um pouco sobre como era assim trabalhar com o Glauber Rocha, como ele era?
- estudante de história da (?)

Nelson respondeu a perguntas durante mais de uma hora e parecia bem disposto. Arriscaria dizer que tomara um bom café da manhã e que um delicioso jantar cheio de honras o esperava.