20130227

a velha questão do espaço

tem um espaço aqui, que eu preencho
e outro que é impossível de alcançar,

alguma coisa assim: " ".


faz muito tempo que dois pedaços de espaço preenchidos vieram parar na minha mão - um depois do outro.

eu não lembro de onde eles vieram
[o espaço entre nós dois cresce infinitamente, agora:

eu posso gritar
mas não cabe a você me ouvir]

neles, existem coordenadas
mas o espaço que elas indicam já não se encontra,
já não te encontra.


viver é preencher esses espaços,
inconsequentemente.

não espero te encontrar;
espero até 
que eu me esqueça.















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