Natal! Natal! Bimbalham os sinos!, já dizia aquela crônica do Rubem Braga. Com um dia de atraso, trago aqui um texto imbuído desse espírito religioso que tomou as ruas, shoppings e tevês do nosso país tão devoto.
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Apesar
de vir de família teoricamente católica, e de ter estudado em escola
vicentina da quinta à oitava série, minha educação religiosa não
foi exatamente um primor. Não que eu não tenha curiosidade em saber
mais sobre JC e sua trupe, mas sempre aparece algo mais interessante
(e útil) antes. Mas mesmo sem ir atrás, nos últimos anos tenho tido
algumas descobertas importantes acerca dos detalhes bíblicos. Enuncio
alguns dos grandes momentos desse meu aprendizado:
2003:
Assisti ao filme Monty Python's Life of Bryan (até
hoje minha principal fonte de conhecimento do assunto).
2007:
Pedi ajuda a uma amiga universitária e entendi, finalmente, a
tirinha da Mafalda em que ela questionava se a mãe tinha “Complexo
de Pilatos”.
2009:
Contava minha descoberta de 2007 e me explicaram quem foi Barrabás
(que parece ter sido um cara mais bacana – menos chato, ao menos – que Jesus).
2010:
Li Caim, do Saramago, e não devo ter entendido a maior parte
do livro.
2011:
Descobri, graças ao olhar estarrecido de uma amiga devota de São
Francisco, que Maria e Maria Magdalena não foram a mesma pessoa
(sempre achava que falavam só Maria pra não ter toda hora que
repetir o sobrenome).
2012:
Descobri que São Judas não é o Judas famoso (dentro dos meus
conhecimentos um tanto limitados, fazia todo sentido canonizar este:
afinal, não fosse ele o cristianismo perderia seu grande símbolo:
já pensou se, ao invés de crucificado, Jesus morre de, sei lá, um
ataque cardíaco fulminante, por conta do excesso de sal que as Marias punham em
sua comida? Onde ficaria todo o drama da história? Com o que
enfeitaríamos nossos cemitérios, saleiros?)
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