outro dia, um dia de chuva, eu parei meu carro na rua e apanhei um televisor velho da calçada.
eram dois, de modelo e velhice semelhantes, mas eu só peguei um - o que tinha gabinete de madeira e, além de ser mais bonito, estava melhor conservado.
ele ficou no meu porta-malas por mais tempo do que eu gostaria, até que eu decidi testar seu funcionamento. liguei ele na tomada da minha garagem mesmo, um pulo no peito quando senti uma resposta de dentro do tubo à injeção de eletricidade. mas a tela não respondeu ao botão de ligar, nem o alto-falante instalado no painel frontal. naveguei tristonho pelos botões, especialmente empolgado pelo pequeno setor de chaves e chavinhas de ajuste fino na sintonia (que época, meus amigos, que época).
a madeira está se desfazendo e com um pouco de bolor, por isso ainda deixei ele no chão da garagem.
o tubo esverdeado me recebe sempre que eu chego em casa e eu não sei direito o que fazer com a TV. poxa, o cabo de energia estava enrolado de um jeito tão cuidadoso!
quando passei de novo na rua, o outro televisor já tinha sido destruído.
nos meus sonhos as duas tevês estão ligadas e só passam os gols do pelé - uma em preto-e-branco, a outra a cores.
20130315
Assinar:
Postar comentários (Atom)
A pergunta que nos interessa: destruído por quem?
ResponderExcluir