- o retrato, o retratar, a feição, a feitura -
“Fotografar um rosto é fotografar a alma que há atrás
dele. A fotografia é a verdade. O rosto é a verdade vinte e quatro vezes por segundo.”
por trás da retórica do retrato há a da identidade. retratar está no limiar do inócuo 'mostrar' (to feature) e do 'representar' (tradicionalmente se faz a três: retratado, retratante, espectador - os 3 lugares da fotografia para barthes; está aí uma questão do autorretrato, uma pessoa ocupa os dois lugares. 'mostra' nos dois sentidos, isto é, lança um olhar e se faz olhar).
em um jogo online persistente, vive-se literalmente em um mundo de imagens (e de números), no entanto... no entanto não se trata de second life, as opções de customização são limitadas. fotografar um avatar é registrar o resultado de poucas escolhas. a feição aqui resulta de um ato mais ou menos consciente; ela pode ser expressiva no sentido de ser resultado da expressão humana.
a feição como ato criativo.
há muito em jogo. diante disso, lara lorota (e eu, que a controlo) toma uma nova missão:
destruirá os monstros, sim; conseguirá novos e melhores equipamentos, sim; retratará os habitantes desse mundo e buscará as implicações de seu ato, claro.
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