20110430
counting on me
one two and three
how many of us can there be
(and when i say us i mean
me and me and me
and not me and you and she)
because being in a whole
one two and three
is not at all being free
it is on the contrary
being free to be me
but not to be me or to be me
for all the time i think about us
(i mean me and you and she)
i am not even there to be me
20110428
atirei o olhar pela janela da vida
quando eu escrevia ou lia um livro particularmente longo.
não achava mal, apesar da alergia
mas também não vou dizer que me aquecia os pés de maneira incrível
- mesmo porque ele nunca ficou nos meus pés
ou mesmo em qualquer parte de mim
mas sempre ali, no rodapé ou na cadeira
espiando.
20110427
Argumentos
20110426
20110425
20110424
Quando eu era mais novo, salvava numa pasta escondida no pc caseiro, e sempre que fazia cds de backup, dedicava um cd, ao menos, para os arquivinhos qwerty, ou coisas secretas que achava por aí. O tempo passou, hj minha coleção é renovada sempre, sempre com algum arrependimento, e fica na minha pasta de desktop, além daqueles que julgo mais raros, que guardo no hd externo.
Uma vez conversava com o JPCaron, sobre música, e perguntava porque raios ouvir a mesma música mais de uma vez. Seria como ver o mesmo filme pornô, repetidas vezes. Ele defendeu a atitude, dizendo que são muitos os possíveis pontos de interesse do mesmo vídeo. Hoje eu concordo.
Ando pesquisando produção pornô, queria saber se as pessoas têm coleções, que tipo de coisas guardam, por quanto tempo guardo, pra que raios elas guardam?. Se alguém quiser conversar, tô aqui facinho :)
Só isso
Biblioteca de babel:
20110420
Fantasmas [um texto político, prostituído, linguicenchido e nãoescolhido]
20110418
20110417
google tradutor tenta entender
Tenta seus furos próprios e que a placa se sinta envergonhado com a suposição de que eu sei que eu não sabia, e eu acho que muito, efinalmente começando a entender
| ocultar detalhes 11:53 (3 horas atrás) |
Assinei a carta
E fechei os olhos
"Justamente".
Obrigado,Rafael Nantes
20110416
Como é curioso ser mal educado.
Tantos erros passados desapercebidos nestes anos todos.
E ninguém educado o suficiente para avisar.
Joãozinho era de fato um ignorante, mas isso não ignorava: uma luz surgia sobre seu belo cabelo, como dissera Mariazinha. A luz da burrice auto-crítica havia se acendido e agora já não dava para voltar à inocência inicial, antes da maçã primordial de sua limitação do intelecto como dissera Vagner.
Pois então surgia em seus dias uma espécie de julgamento ético para aqueles bem educados que lhe eram condenscendentes como dissera Aurélio. Mas não dizia nada a estes, guardava para si aquilo que viraria um pigarro censurado de sua falta de sinceridade como dissera Ellen após aquela conversa na esquina do colégio.
Com o tempo Joãozinho se acostumou com sua burrice que já se tornava uma espécie de sabedoria chula como dissera Houaiss. Não houve portanto progressão a partir daqui, pois era de fato um rapaz muito simples, que não fazia questão de progressões dramáticas.
A única coisa que fazia questão era de sempre se despedir dizendo e mande um beijo pra fulana, como uma espécie de galanteio que morria ali mesmo.
.
Estarei enviando um tríptico para todos aqueles que enviarem email para otro.tiago do email do gmail.
Você ainda tem a opção de escolher a primeira palavra do tríptico, enviando-a no corpo do email.
Essa promoção tem validade até quando acabar a virada cultural de são paulo, que eu não sei quando começa, não sei quando termina e tenho raiva de quem sabe.
20110415
20110414
impossibilidade de liberdade via naldecon
(e pra provar um ponto)
eu peguei um comprimido amarelo e quis pegar um laranja que não fosse
diametralmente
simetricamente
oposto àquele (e toda a minha tentativa de dar álea de repente foi a coisa mais pensada do mundo
(e muito mais pensada que só tomar um comprimido)
)
e como eram só quatro
pra cá e quatro pra lá
eu fui escolhendo um a um
como quem
aperta enter às vezes ao escrever um texto
(só que ao contrário)
mas ninguém viu
e se alguém olhar agora
(ninguém vai)
(mas se alguém)
vai ver uma cartela
quatro pra cá
quatro pra cá
e todos usados
todos
e seus diametralmente
simetricamente
opostos
20110413
20110412
[autoestrada] epíteto tardio
Heel & Toe To The End
Gagarin says, in ecstasy,
he could have
gone on forever
he floated
at and sang
and when he emerged from that
one hundred eight minutes off
the surface of
the earth he was smiling.
Then he returned
to take his place
among the rest of us
from all that division and
subtraction a measure
to and heel
heel and toe he felt
as if he had
been dancing
[reciclagem] viagem no tempo
não, tudo bem. o que você queria?
um lugar?
não, acho que não. que lugar?
bom, na verdade, aqui mesmo. mas daqui a cinquenta, oitenta, daqui a cem anos.
sério?
sério.
ah, nossa, o que foi?
é, tipo, uma viagem no tempo.
o quê?
bom, eu precisava falar com você. sozinhos.
é. se não tiver problema.
é que... eu queria que você fosse comigo pra... um lugar.
e... como a gente iria?
obrigada por ter vindo.
[reciclagem] viagem no tempo
não, tudo bem. o que você queria?
bom, eu precisava falar com você. sozinhos.
ah, nossa, o que foi?
é que... eu queria que você fosse comigo pra... um lugar.
um lugar?
é. se não tiver problema.
não, acho que não. que lugar?
bom, na verdade, aqui mesmo. mas daqui a cinquenta, oitenta, daqui a cem anos.
o quê?
é, tipo, uma viagem no tempo.
sério?
sério.
e... como a gente iria?
(pausa) a gente já está indo.
20110411
Peter Koor: Transcrição [parcial] da master class na Expo Roojlund 2010
(...) Basicamente, tudo que me dá vontade de trepar, é o que eu vejo e ouço, atualmente. Ou tudo me dá vontade. Pode ser, também.
Peitos, sim, mas disso eu (...)
(...) Então você pega o metal, a calça de couro, só voltando: outro dia eu liguei na Disney Channel, que eu gosto de desenho, televisão, etc. E eu vi um enlatado adolescente, não sei, eu poderia chamar de juvenil, protagonizado por metaleiros.(...) Se era, se não era, não sei, mas produção comprada eles passam também? Devia ser da Disney mesmo.
Steven Tyler virou o Mickey, bem feito. O metal sempre foi um pouco imbecil. Acho que é só uma volta, não é? Continuação, ciclo, essas coisas circulares. Alguém já teve medo de verdade de algum metaleiro? Hêh, hêh. Heh, hêh. (OBS: continuação da resposta não audível)
(...)
Não.
(...)
Sim, é um trabalho solo, mesmo tendo sido feito com eles.
Não posso concordar com você. É uma questão de moldura, é como... não gosto de esportes, mas é como o tênis. EU fiz o ponto, EU quebrei o serviço dele, sim? Claro que se há um serviço quebrado, alguém serviu, e sem ele não há, mas... quem concluiu, quem amarrou? Percebe? A diferença é que, no meu caso, eles todos já sabiam que o serviço deles seria quebrado.
(...) Quanto à Holanda, por lá acredito que vá tudo bem.
20110410
Pois bem!
20110409
autoestrada para o azul
Era sábado e por isso eu sorria tranqüilo enquanto tentava entender que raio de estrada era aquela. Quando alcancei a primeira barreira de pedágios, dei uma risada nervosa e despejei meus R$2.90 na mão da moça do guichê.
“escuta, eu... perdi o retorno, na verdade, e eu queria saber como faço pra pegar a anhanguera, sentido São Paulo” – patético, sim, mas fazer o quê?
“segunda à direita”, foi o que ela disse, depois de breve consulta a um cartaz oculto; estranhei não ver o nome anhanguera na placa da saída indicada, mas entrei mesmo assim.
A saída era uma ruazinha estreita, que subia o morro ao lado da rodovia e desaparecia no meio da vegetação. Passei por alguns complexos industriais, refinarias ou depósitos ou sei lá o quê. Era sábado e eu demorei pra encontrar alguém, mas encontrei.
“opa, amigo! pra chegar na anhanguera é só seguir reto?”
Minha segunda pergunta imbecil no dia e ainda não eram dez horas, que horror. O homem (um operário, pelo traje) me olhou como quem encontra um tamanduá no aquário da avó – misto de confusão, ternura e desconfiança.
No fim não era só seguir em frente, aliás não era nada disso; dei meia-volta e cai de novo na estrada misteriosa, andei uns quinhentos metros e “ahá!, olha lá a placa certa!”, entrei à direita e logo na segunda curva avistei o Pico. Sim, era isso, aquele sim era o caminho certo pra casa.
A estrada seguia vazia e o meu carro atravessava o asfalto com suavidade, ficando entre 120 e 130 quilômetros por hora sem preocupações. Desliguei o ar condicionado e desci o vidro, me enchendo com o cheiro de vegetação fresca num sábado de manhã. Aumentei o volume da música no rádio e segui em frente.
Não demorou muito pra perceber que eu não ia seguir a placa seguinte, que indicava a saída pra São Paulo, e nem a próxima, de retorno. O tanque estava cheio, minha cabeça estava vazia e a manhã de sábado estava linda! Não queria perder aquilo, não tão rápido assim.
Passei pelo meu segundo pedágio, muito menor que o primeiro e escondido no meio de árvores mais ou menos altas. Sem pressa, contei as moedas soltas no painel para completar R$1.35; dei um sorriso e desejei sinceramente um ótimo dia pra mocinha da baia antes de atravessar a cancela e seguir em frente.
Não perguntei nada, não queria saber de nada. Acho que o maior desafio foi educar a vista pra não ler os nomes com setas para frente nas placas (se bem que, mesmo quando minha disciplina falhava, aqueles nomes pouco ou nada significavam pra mim).
Troquei o disco do rádio e segui em frente, numa manhã de sábado maravilhosa.
quotediana: samovar
Viver é mergulhar uma porção de rússia num copo de sono quente; é fazer uma infusão lenta de tudo que há na Alma.
20110408
20110407
Ram-Tsa-Ka em Nantes
- Benfazeja! Muita água!
Ele abriu a bocarra e, por ser um guerreiro lendário, sua sede era tanta que deu pro gasto.