20110507



Naquelas conversas sentimentais, Joana dizia com detalhes literários o sonho que teve na madrugada (pois sabia que havia sido na madrugada, pois acordou assim que o fusca azul passara por ela ou com ela, não sabia bem). Depois de tantos detalhes ditos com a doçura de sempre (que fazia Guilherme imaginar se era um resquício de sua infância), Joana curiosa olhou para ele durante uma pausa que parecia ser o fim de seu sonho (mas que era apenas uma lufada de ar na memória), dando tempo para Guilherme dizer:

- Nossa, eu não sonho faz 11 meses.

Soou como um caixão sendo lacrado, uma doença surgiu no ar, como quando uma criança se depara com outra que não quer brincar - mas por quê? Retomado o fôlego, Joana logo se pôs a falar da segunda parte de seu sonho, pois dizia que os sonhos eram feitos de partes, e agora falava da parte do sonho da manhã. Guilherme pensou que podia estar doente, mas logo esqueceu quando quis beijar Joana.



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