20091031
Dhoom, dhoom, let me make you swet
Bem, é um filme de ação com motos e roubos e a primeira coisa que eu pensei foi que o filme já saía perdendo por não ter o Vin Diesel. Mas logo eu percebi o quanto eu estava enganado.
Acontece que o filme propicia algo que nenhum Velozes e Furiosos jamais propiciará: uma cena de moto seguida por uma cena de roubo seguida por uma dancinha na qual o policial tenta convencer sua esposa a fazer "shikdum".
Então, resumidamente, o filme é tão ruim quanto um filme de ação pode ser, só que pior. Eu chegaria a dizer que ele superou Van Helsing no meu Top Piores Filmes, se... se eu não tivesse gostado tanto.
Quero dizer, são indianos dançando (na chuva, no palco, no cassino, em todo lugar) e as músicas são ANIMAIS. Uma das melhores trilhas sonoras ever, com certeza a melhor da história dos filmes de ação. Destaque para "Fiesta Latina", cujo refrão parece tanto com "salame salame salame quero comer salame" que a próxima coisa que eu farei será procurar no Youtube para ver se alguém já fez uma legenda dessas que se faz com músicas indianos ou o Daileon.
Além disso, por mais que eu já tenha visto o Bruce Willis derrubar um helicóptero ao atirar um carro nele, eu nunca vi o que descreverei a seguir:
Começa com algo banal, uma lancha perseguindo um caminhão. Mas então os mocinhos pulam com a lancha pela frente do caminhão, atirando. Isso já foi extremamente wow, mas não é nada comparado a quando eles jogam a âncora no caminhão e começam uma perseguição de lancha em terra firme, isso mesmo, uma perseguição de lancha em terra firme! Seguida, claro, por lutas acrobáticas em cima do caminhão etc.
Enfim, enquanto o filme é um fracasso completo enquanto filme de ação (o que é um problema, já que É um filme de ação) ele é também engraçado (tanto de propósito quanto sem querer). E vale a pena pela eterna expectativa pela próxima dancinha.
Notas
Atuação: 6/10
Roteiro: 0/10
Efeitos especiais: 7/10
Direção: 1/10
Trilha Sonora: 100/10
Geral (não é uma média): 10/10.
20091030
NOVA PROPOSTA DE BANNER.
A gente pode refotografar esse banner só que com os cabaços, né???
Só que aí não sei se a gente se junta e se fotografa ou se cada um envia a sua e montamos uma final, hehehehe.
Abraços!
20091029
20091028
Travel Log 1: Ahoy, ahoy!
20091027
Objetividade
20091025
Então acho que não há por que me alongar mais por aqui. Se por alguma outra razão ontem o Daniel Rebiggi não tivesse quebrado minha estante, e bem no momento em que meu apartamento se encontrava alagado! (meus livros TODOS caíram naquela água suja de máquina de lavar), não sei, talvez eu ainda ficasse um pouco. Mas, cacilda, ele me disse assim, "É, pô, foi mal...ai, merda, foi mal mesmo...mas na Europa é mais barato, né? Dá pra você comprar até numas edições melhores...", enfim, não concordo, porque gosto das minhas Brasilienses (e Iluminuras), mas...também, se dizem que estou no período de "auge da vida", por que não ir até a Europa para projetar tudo lá e de quebra ainda confirmar se vale a pena montar minha biblioteca de novo?
Eu sei que é um pensamento meio idiota, mas, enfim, meu vôo já está marcado hoje para as 18h20 (quer dizer, não é tanto 'meu' vôo, porque só ontem eu decidi e por sorte consegui um lugar). Também acho que minha estada não será tão longa...eles devem se cansar fácil dos filmes....(difícil não me sentir como uma espécie de Rüdiger Vogler naquele filme do Wim Wenders, o No Decurso do Tempo...acho que gosto dessa sensação) e (mas não pretendo fazer cocô pra todos verem!) aí eu volto. Não (isso eu decidi agora, por uma questão de tempo) vou abrir um espaço ou tempo praquelas encomendinhas que todo mundo sempre quer fazer....só prometo trazer breguetes pros aniversários de um raio de três semanas para frente e para trás!
A poética do infantil.
Querido diário
Agora, imaginem uma pizzaria na Augusta que fica aberta às 3h... tinha vários casais gays; na mesa de trás da nossa um grupo de 4 minas e 2 caras ficaram brincando de passar um gelo de um pro outro, usando só a boca e, o pior de tudo, um dos meus ex-colegas, que é carioca pôs ketchup na pizza.
Bem, nós saímos da pizzaria umas 4h, e eu tava a pé e o metrô tava fechado, então eu subi pra Paulista pra pegar um ônibus. Aí fiquei no ponto de ônibus lá, esperando.
Agora, avaliem:
No banco atrás de mim tinha um casal se pegando fortemente. Depois chegou uma mina com um cara que parecia tar totalmente drogado, caía no chão, falava um monte de merda e tal... e não parecia bêbado, parecia lóki de dorgas, mesmo. Mas a mina ficava cuidando dele. E do meu lado tinha duas minas, tb, e eu não tava vendo, mas dava pra ouvir elas se beijando.
No fim, eu fiquei uma hora lá esperando o cacete do ônibus e não passou nenhum. Nem ônibus certo nem ônibus errado, nada. Aí abriu o metrô e eu vim pra casa
Mas foi foda, porque os gays se beijavam, os héteros se beijavam, as lésbicas se beijavam e até o cara drogado tava com a mina lá cuidando dele.
E só eu sozinho.
20091024
Carcará é bicho ruim
Carcará é bicho ruim, carniceiro. É bicho esperto, ligeiro, secador de gente viva, mordedor de gente morta, morde-olho. Morde as bolas. Carcará é bicho que sobrevive, que não tem vergonha de sobreviver.
Seu Antônio dá tiro em carcará por prazer. Emília não gosta mas também não é de reclamar. Emília é que nem carcará...
Noutro dia, seu Antônio sai pro mato de carabina em mão, montando uma égua boa sem sela, indo lá pro ribeirão. Sai rindo de aguardente, cruza o rio e segue em frente, que com jacaré ele não brinca; em jacaré ele não atira. Jacaré é bicho duro, sabe lidar com a correnteza. Seu Antônio — é certeza — noutra vida, se não foi, será ou é: jacaré.
Daí que baixa a cabeça, tira o chapéu, até, conforme passa pelos troncos vivos à deriva e continua seu caminho. Hoje ele quer matar veado, mas vê gente chegando doutro lado. Gente carabinada que nem ele, mas o fim é que é outro. Gente que vem matar jacaré pra tirar couro.
Seu Antônio sente a mão coçar pra pegar a arma contra eles, mas no fim ele se acalma. Porque jacaré não tem medo e não quer ajuda, jacaré olha no olho e não desvia. Não foge. Se intrometer ali era pecado maior que fazer bolsa de filhote. Serem eles cinco e ele um não conta, não, que seu Antônio nunca vai ser gavião.
20091023
reflexo
Do quiosque do Jurandir, I.
20091022
Diálogo-de-cabeceira
Por mais caracteres no post (ou "vai assim, mesmo")
É peso na consciência, não. Não, não, é só o meu estômago.
Eu tinha ligado para o Artur naquela noite, mas ele ia sair, não sei com quem. Eu liguei pra outras pessoas, também e ele que saia com quem ele quiser, mas ninguém mais estava na cidade porque era feriado, então eu pedi uma pizza de calabresa e comi no sofá enquanto assistia a um filme dublado na TV. Eu comi quatro pedaços, o que é muito mais do que eu jamais vou deixar alguém saber que eu aguento, e deixei cair calabresa no sofá, mas deitei em cima, mesmo, e deixei o resto da pizza no chão pra comer depois. Não era nem meia noite e eu já tava dormindo.
Aí ele me acordou; ele ligou no meu celular e eram três e meia e só pelo jeito que ele disse alô, eu entendi (eu sempre entendo). Eu disse vem cá e desliguei o telefone e xinguei ele por vinte e cinco minutos até a campainha tocar. Ele que saia com quem ele quiser, mesmo, mas o filho da puta arruma as vadias dele e termina a noite sozinho e fica todo inseguro e deprimido. Aí ele me liga e eu digo vem cá e xingo ele por vinte e cinco minutos, às vezes mais, às vezes menos, eu xingo ele até a campainha tocar.
Você quer pizza, eu perguntei, e ele fez que sim e sentou e comeu tudo o que tinha sobrado, acabando com minhas perspectivas de ter um café da manhã decente. Aí ele limpou a boca na manga e não disse nada e enfiou a mão por baixo da minha blusa e me comeu no sofá sem tirar a roupa e foi embora. Eu fiquei ali, mesmo, e só depois de acordar é que eu me limpei.
Quando a gente tinha uns dezesseis, dezessete anos – e a gente nunca tinha namorado, porque acho que as coisas eram diferentes, ou só a gente é que era (e a cidade era pequena, também. Foda.) – aí ele corria atrás de mim na rua e eu fugia rindo e trombava com os pedestres. Ele vinha atrás querendo me pegar mas sem querer de verdade, e a gente dava voltas em pontos de ônibus até que ele me alcançava e me empurrava na grama e a gente se rolava no chão. Eu ria o tempo todo, quando estava com ele, e eu acho que realmente gostava dele. Talvez a gente se amasse, sei lá.
Eu sei que noutro dia (mas isso foi depois, eu já devia ter uns dezoito, foi logo antes de eu me mudar), noutro dia a gente foi na casa dele ver uns filmes e eu queria muito, sabe? Eu tinha dezoito anos e tava começando a me ligar, então eu queria mesmo. Mas a gente assistiu aos três Star Wars em sequência e tomamos muita, cara, muita vodka, mesmo. Ele tava malzão, sim, mas ele virou pra mim e me puxou com força e aquilo foi ruim demais. Eu deixei ele ser egoísta, sim. Eu deixei ele me segurar os braços, forçar minha boca, eu deixei ele tirar a minha roupa naquela noite e é capaz até que ele tenha gostado, mas quando eu fui pra casa dele eu queria muito, e aí ele estragou tudo, meu, ele estragou tudo.
20091021
despedida, prólogo.
20091020
Um protesto muito bonito mas que não faz sentido nenhum, já que foi escrito mais a pedido do "tirano" em questão que por vontade própria ou revolta.
20091018
status quo
Instante descisivo.
20091017
Taludinho
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20091016
20091015
Ora, vejam só vocês...
20091013
20091011
Estória verídica:
que
me deram uma injeção de álcool em gel.
20091010
Atividade_17: um Texto fora de seu Tempo natural e, portanto, ainda pior do que simplesmente ele (OU: DISTANCIAMENTO HISTÓRICO)
Naquele dia choveram molotóves.
Bum badabum bada-plasch! Era tanto fogo que nem dava tempo de pensar que era fogo.
Comia capacete, escudinho, farda, armadura. Os cacetes de borracha e ferro brochavam na mesma hora.
No chão também queimavam os cravos – ah, sim! Nem o tanque resisitu e também queimou, rosa-choque e não-aprovado-em-assembléia.
As faixas, os cartazes, as botas e as balas de borracha queimavam tudo junto num fogo só, repressão e reprimido berravam do mesmo jeito debaixo do vidro e do fogo que não parou de chover até acabar aquela palhaçada toda.
Havia um deus, e ele ouvia sex pistols.