Um dia, ir ao estádio no Brasil será o mesmo que na Europa. As pessoas entrarão sem bagunça e assistirão aos jogos sentados em cadeiras confortáveis e com boa visibilidade. É certo que isso vai acontecer, com ou sem a Copa de 2014, porque este é o mundo que estamos construindo. As pessoas se preocupam demais em rotular e criticar ecochatos, feminazis, antitabachatos, veganazis e pessoas que não gostam de piadas de judeus ou de corintianos, mas poucos percebem qual é o verdadeiro mal do nosso tempo.
Na Índia, cidadãos de bem denunciam, mandando vídeos gravados por eles mesmos para um site específico, seus vizinhos que desrespeitam leis de trânsito. Na Europa, já disse, assiste-se ao futebol sentado e em silêncio. E o Brasil, meus amigos, está caindo no mesmo buraco.
Existe desmatamento e existe gente que protesta pelada contra ele. Existe crueldade com animais e existe gente que borda os dizeres “100% vegan” em todas as suas peças de roupa. Existe câncer, racismo, sexismo e existem pessoas que, ainda que bem intencionadas, se tornam insuportáveis. Mas nenhum desses é o nosso problema. São problemas antigos ou são frutos de problemas antigos e são coisas que, bem ou mal, estamos resolvendo, coisas com as quais estamos lidando.
O mal do nosso tempo... O mal do meu tempo é cinema com lugar marcado.
É mãe que não deixa o filho brincar descalço, é não sair a pé quando chove, é campeonato brasileiro por pontos corridos, é ler o manual da televisão, é ligar antes de fazer uma visita, é não tomar café depois das oito da noite, é pílula do dia seguinte.
ResponderExcluirÉ o aviso, que eu sugeri, de que o blog é inapropriado para menores de 18 anos.
ResponderExcluirÉ o autor se remendando nos Comentários.
ResponderExcluirEngraçado que hoje mesmo eu andei fazendo um discurso sobre a adequação da feiúra da Periferia, de como tudo é feio e ruim mas não pode, não deve e não vai mudar nunca.
Te convido a um passeio guiado pelas ruas de Pirituba, Gabriel. =3
Vamos combinar o dia.
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