20100829

Parte VII - Sob o rufar de tambores

O homem parou de falar, mas sustentou um sorriso de expectativa no rosto.
Todas as mesas do bar ficaram em silêncio.
A Sereia terminou sua bebida.
Em algum canto do jardim do cabaré, os sempre bem alimentados vermes sabiam que todas as mazelas humanas decorrem do infinito suspense que criamos em torno das menores pequenezas e das mais infundadas apreensões e que as almas de todas as pessoas são uma só, ligadas pela inevitabilidade do nascimento e da dor e da certeza única da vida que é garantir que eles, os vermes, estejam sempre bem alimentados.
O mundo inteiro esperou.

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