Quando erguemos os remos e sentimos o rio
Em nossos braços que ardem e rostos sem cor
E ousamos deixar a luz em nosso olho arredio
É que nos lembramos de vossos cantos de amor
Que afastam a traiçoeira bruma que esconde as moças
A ocultar em suas vozes tão doces o horror
Das profundezas cinzentas do lodo e das poças
E das pedras que impõem ao casco bravo sua dor
Mas ergamos nossos remos e braços ao ar!
E nas trevas umbrosas divisei uma flor
Então nós seguimos remando de par em par
Acompanhando o Rio Velho vá ele onde for.
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