Trechos de entrevistas com Peter Koor, baixista da banda "Fem Familien Faasborgel":
ABR. 07
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PETER: A questão dos loops e sintetizadores não nos interessa mais desde o Kapitan Gaespajer [álbum lançado em 2005, último a contar com a participação de Johan van der Keuken, vocalista original da banda]. Pratos e jarras já deram nos nossos cornos.
JL: Mesmo considerando que a instrumentação eletrônica poderia ser usada para muitas outras coisas?
PETER: Não vejo outra aplicação prática, no atual estágio da música. Quero dizer, você pode juntar sua meia dúzia de egos, fingir uma guitarra num programa de computador qualquer e lançar sua banda-indivíduo no Myspace. Mas falta a barba, os tendões.
JL: Usar sintetizadores para simular o som de louça quebrando não parece um retrocesso? É uma emulação de algo que poderia ser feito em estúdio...
PETER: Não é retrocesso. Economizamos louça e podemos compor melodias que nem o pivete mais arteiro poderia produzir. Agora, o sujeito que faz sua própria banda sozinho e lança no Myspace seu trabalho masturbatório está economizando amor, amizade e interatividade. As bases de uma boa música. Eu não gosto disso.
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MAR. 08
Encontramos Peter em seu atelier/estúdio em Aarhus, Dinamarca. De cabelos raspados, ele concedeu uma longa entrevista de duas horas e meia.
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PETER: Meu trabalho no último disco foi bem simples: mandá-los à merda. Dá até pra ouvir em uma ou duas faixas, se você prestar bastante atenção.
JL: Você diz, botando pra quebrar?
PETER: Não, estourando as cordas de propósito e xingando o Jan [Danspoorj, guitarrista do Fem Familien Faasborgel]. Pelo caráter documental do negócio, a banda decidiu usar o primeiro take.
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20090504
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nasce um novo talento do século XXI
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