não é, ou pelo menos não parece ser... humano, ou até mesmo vivo, de tão clínico que me traz seus dois-três dedinhos enluvados, engomados e gelados.
me afogo.
engulo meu aiaiai porque sou orgulhoso como uma tala, mas não sou capaz, jamais serei, de esconder a murchez que me ataca com os seus toques mortálicos... antes não fôsse assim - antes não era, minhas fibrinhas sorriam sanguinolentas só de ouvir o som tacundo que você fazia no corredor logo antes de entrar no quarto e era tão bom, mas não mais, não mêsmo.
eu não te engano e nem quero, mas você não liga, com seus chuveirinhos, bombinhas e relógios finos de aço - sem nem falar das alavancas e seguradores, empurradores, cortadores tão gelados e tão ardidos.
mas qualquer dia desses eu te esgano.
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