Mais uma vez, encontrei Ferreira Gullar. O dia estava muito quente (foi ontem). Ele vestia uma camisa leve. Eu lhe disse:
"Cuidado que vai esfriar daqui a pouco, esses dias estão ridículos!"
E ele: "Eu não sou uma velhinha indefesa…"
Ri. Sugeri que ele tentasse uma revanche (o braço-de-ferro havia o desmoralizado terrivelmente semana passada). Ele encostou a cabeça para trás, pensativo. Peguei mais um pão-de-queijo e esperei por 15 ou 20 minutos.
"Se você pretende ver quem morre primeiro, você provavelmente vai ganhar", disse lhe encarando os olhos. Quase não consegui evitar o riso.
"Truco, então", retrucou Gullar (ou José Ribamar, como não gosta de ser chamado), de cara fechada.
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