(...)
Já hoje aqui esteve pra testemunháA vítima, meu quase chará
Cuja felicidade do seu gargalho
Nos fez compensar todo o trabalho
As diligências foram concluídas
O inquérito me vem pra relatar
Mas como nesta satélite acabamos de chegar
E não trouxemos os modelos pra usar
Resta-nos apenas inovar
Resolvi fazê-lo em poesia
Pois carrego no peito a magia
De quem ama a fantasia
De lutar pela Paz ou contra qualquer covardia
Assim seguimos em mais um plantão
Esperando a próxima situação
De terno, distintivo, pistola e caneta na mão
No cumprimento da fé de nossa missão
Em todos esses anos em todas essas indústrias vitais decorrentes do curso de Direito -- para o qual, historicamente, são encaminhadas à tantas crianças inocentes sob promessas de que "você gosta de ler, gosta de escrever, vai se dar super bem" -- nunca faltaram os pareceres, sentenças, relatórios e demais peças escritos em rimas e (na opinião dos autores) em poesia.
ResponderExcluirNenhuma, porém, jamais chegará aos pés de uma sentença de século(s?) atrás, que se destaca ainda hoje não apenas pela rima e pela métrica, mas também pelo conteúdo único: julgando caso de marido que bateu na mulher, o juiz entende que aquele o fez porque esta gastava todo o dinheiro do casal, e que, portanto, fizera bem. Termina sugerindo que, da próxima vez, bata com mais força, para que ela não possa ir dar queixa na delegacia.
Ah, achei agora, mas não era sentença, era a defesa do réu.
ResponderExcluirNeste site: http://www.laginski.adv.br/sentencai_incomuns.html, sob o título "Versos de 1959 para defender agricultor que surrou mulher gastadeira".
Ou então que surre forte,
ResponderExcluirCom toda força e vontade,
De modo que ela nem possa
Vir dar parte na cidade.
Êta povo lindo!