20110818

do fracasso como escritor

filhos duma mãe! cacete, mas que droga
meus planos juvenis não têm outorga
quis pegar a pena e contar prosa
mas, óbvio, resulta sempre horrorosa

contos escrevi em todos os papéis
até mesmo nos de comer pastéis
romances, claro, nunca fui capaz
já terminam meus tempos de rapaz

caí para a poesia sem rigor
para o surrealismo mais barato
tônica, uísque, conhaque, café

deitado na cama, nunca de pé
assim eu me faço, do gato, o rato
puta que pariu, caralho, torpor.


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