20110217

ANNA VAH - um esboço:


Em algum lugar, nalgum ponto da infinita linha do tempo, uma rapriga, doravante conhecida por ANNA, tenta escapar de uma realidade a qual é incapaz de aceitar. Por anos e anos ela buscou uma forma de remendar aquela falha, derrubar as amuradas e acabar com toda a opressão da alma humana.

Um dia, adquiriu a Compreensão, e então se libertou das amarras de várias Leis, seu próprio corpo se tornando algo distinto de todo o resto, imune às Regras e liberto da Ordem. Mas a perseguição foi intensa, as Leis do Mundo não podiam permitir que um grão sequer se pusesse fora do quadro, tornando-se imprevisível, ameaçador! O Caos deve ser extirpado, é o que se dizia.

Num último golpe, ela consegue se desvencilhar das garras que tentavam detê-la naquele Mundo que ela não queria que existisse. Anna mergulhou no sub-tempoespaço, num limbo de estática onde todas as coisas absurdas como ela eram fadadas a se desmanchar. Mas ela não se desmanchou, nem ao menos um pouquinho! Ao invés disso, apurou os olhos e passou todo aquele não-tempo em busca de uma saída, por menor que fosse, por mais breve ou distante. Vagou e perscrutou, com a paciência de um Deus, a pele daquela tripa cósmica a procura de uma brecha. Enquanto isso, Anna foi consumindo o conhecimento que nadava naquele caldo, o Conhecimento das coisas que não devem ser conhecidas. Descobriu sua missão, as tarefas que deveria cumprir, traçou um plano, se preparou.

Foi num não-dia como qualquer outro que a fresta surgiu à sua frente; Anna saltou sem dúvidas, atravessando, assim, o ouvido de POTI - caindo num ponto distante da infinita linha do tempo, no que conhecemos como Mundo.

2 comentários:

  1. Calma, não entendi bem como isso se relaciona com a tigresa triste e a outra lá (que bicho?) feliz.

    ResponderExcluir
  2. Cara, são só pontos diferentes de uma mesma montanha...

    ResponderExcluir