Na mala vazia (mas que mala, meudeus?) tem-se que colocar algumas roupas,
por supuesto; roupas de calor, roupas confortáveis, roupas minhas, talvez até mesmo uma terrível sunga, quem sabe. Tem que pôr também... Livro? Baralho, jogo de dados, um caderno que eu não comprei e que por isso nem tenho. Câmera. Será? Bom, a velha tá emprestada, só pode ser a nova, mas encher uma reflex de areia, sei não... E a teleobjetiva pra brincar de zoom, será que eu levo ou não? Ah, mas vai ser mesmo mais do mesmo, a mesma galera tudo de novo, além do quê vai chover pro diabo. Supérbe, todo mundo jogando baralho no apê durante o fim de semana. Opa! Roupa de cama e toalha, isso não posso esquecer! Bom, nem isso nem o protetor solar e o
juízo. Porra, juízo, se eu tivesse juízo eu não ia acordar às 5 da manhã pra pegar um ônibus pra ir pro metrô pra pegar um ônibus na puta que pariu da Jabaquara. Pra ir pruma praia. Ai, cacete, que vida que é essa? A mala vai ter que ser maior que a minha mochila de sempre, pois.
Acho que vou aproveitar e levar umas caixinhas de som pro meu iPod, isso seria legal, sim. E o carregador.
Cueca. Não tenho nenhuma cueca limpa... Bom, acho que uma só já é o suficiente. Bermuda também, todas as duas. E meia? Meia eu não tenho nunca, precisava era comprar. Mas também que cazzo eu vou ficar de meia na praia, só enchendo o pé daquela areia nojenta. Isso se rolar de ficar na areia. Ai, que preguiça disso tudo... Bem que eu podia ser uma dessas pessoas legais que se empolgam, acho que a vida ia ser mais bonita.
Mas no fim, no fim, o que importa é a convivência e a juventude. Depois que eu morrer cedo, bom, aí não tem mais volta, né.
Que se foda esse mundo.
Faltou só o excesso de pipius.
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