20091121

As Crônicas de Patsy, O Judeuzinho - Parte I

Sete judeuzinhos alegres iam e vinham pela estrada cantarolando suas cantoraloças de sempre.
Um deles levava uma cassarola.
Dois tocavam trombetas e trombones, em rodízio.
Os outros quatro acompanhavam com palmas e assovios.

Iam-se lá os sete judeuzinhos quando se depararam com a Vaca.
A Vaca dançava a balalaika, tão alegre quanto no dia em que veio ao mundo (ou seja, pelada).
Os sete judeuzinhos ficaram abismados com tamanha opulência dançante, que tirava sarro de uma só feita tanto da sua música quanto de seus gestos lamuriosos de robô - duas ofensas terríveis ao povo judeu em um só golpe!

O judeuzinho mais velho - Patsy, o da cassarola - resolveu dar um jeito na Vaca. Patsy, o judeuzinho, se atirou com toda a fúria de Adonias contra o corpo balangolante da Vaca que rodopiava alegremente. Os seis judeuzinhos restantes se congelaram de medo. Patsy, o judeuzinho, foi de encontro direto com a têta mais-que-gigantesca da Vaca, que ainda rodopiava. Segurando-se como podia, Patsy não foi capaz de evitar espremer a têta mais-que-gigantesca da Vaca, que o atirou pelo céu em um jorro incrível de leite quente e fresco. Os seis judeuzinhos restantes gritaram e correram para socorrer Patsy, mas Patsy, o judeuzinho, estava encharcado demais com o leite quentinho e fresco da têta mais-que-gigantesca da Vaca para que os seis judeuzinhos restantes pudessem ajudá-lo. Porque leite era forbüden para os judeuzinhos - especialmente aquele leite tão quente e fresquinho e vindo de uma têta tão prodigiosa no tamanho e na dança da alegre balalaika como era a têta d'A Vaca.

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