No dia 13 de março de 2008, Norberto passou na frente do shopping Market Place às 14 horas (era uma quinta-feira), avistou uma morena de ótimas curvas, aproximou-se dela com uma forma curiosa de andar, lembrando uma dança, e cortejou-a com cumprimentos floreados, obtendo como recompensa um beijo na bochecha e um cafuné na cabeleira branca.
Do outro lado da rua, coincidentemente saindo do shopping Morumbi, o escritor bestseller Paulo Mangusto presenciou a cena, entrou em sua Hilux, dirigiu acima do limite de velocidade para sua casa e escreveu um conto de cinco linhas inspirado no ocorrido. Doze dias depois ele incluiu a pequena crônica em um livro de contos que enviaria para a editora e que precisava mesmo de mais páginas.
No dia 14 de março, ao fazer o backup dos vídeos registrados pelas câmeras de segurança do edifício Rochaverá, vizinho a ambos os shopping centers, José Tabicuera lembrou-se de um pequeno ocorrido que lhe chamara a atenção no dia anterior. Encontrou o trecho do vídeo e enviou para si mesmo por e-mail, encaminhando uma cópia para Roberto Lacustre, um amigo que trabalhava operando a iluminação de um grupo de teatro.
Roberto Lacustre, que havia sido recentemente contratado para um serviço para o cinema, mostrou o vídeo para alguns colegas que, por fim, levaram os cinco minutos em preto e branco de Norberto ao conhecimento de Fernando Tevarellas, renomado diretor, que trabalhava no filme em questão.
Este, no dia 22 de março, editou um curta de 10 minutos inspirado no cortejo, usando imagens originais da câmera de segurança aliadas a gravações com atores. O curta seria exibido como abertura para o filme que, por sua vez, estrearia nos principais cinemas do país ainda naquele semestre.
No dia 11 de julho de 2008, a segunda sexta-feira do mês, os dois shopping centers mencionados, assim como tantos outros na cidade de São Paulo, expunham pela primeira vez para seu público o filme Homo Metrópolis e o livro A Deusa ou Três Homens Santos – Contos de Paulo Mangusto.
No dia 15 de julho de 2008, o escritor ajuizou ação cível contra a distribuidora Olhalém com pedido de antecipação de tutela almejando retirar imediatamente dos cinemas de todo o país o filme Homo Metrópolis, sob alegação de infração dos direitos autorais de Paulo Mangusto no curta-metragem que introduz o longa. A antecipação de tutela foi rejeitada por ausência de indícios suficientes para sustentar o fumus boni iuris do autor, mas o processo continuou seu percurso normalmente.
No dia 8 de novembro de 2008 (e eu me lembro bem, porque o Corinthians tinha acabado de assegurar o título da série B do Campeonato Brasileiro), porém, a situação teve uma reviravolta inesperada quando Norberto Bartolomeu Cáspio de Jesus ingressou na Justiça pleiteando ser ele, na verdade, o detentor de quaisquer direitos sobre o andar peculiar, o cortejo e mesmo o singelo final da investida. Norberto utilizou-se do próprio curta-metragem de Tevarellas como prova, obteve a vitória em primeira instância que se sustentou nos tribunais e que lhe garantiu R$180.000,00 em indenizações pelo uso comercial indevido de sua criação.
No dia 31 de março de 2009, pouco antes de embarcar em um vôo para Orlando com sua nova namorada – que nada tem a ver com a moça do andar tolo e do cafuné –, Norberto confessou ao Jornal da Tarde que aquele havia sido seu xaveco mais lucrativo, embora não tivesse levado a jovem para a cama.
Do outro lado da rua, coincidentemente saindo do shopping Morumbi, o escritor bestseller Paulo Mangusto presenciou a cena, entrou em sua Hilux, dirigiu acima do limite de velocidade para sua casa e escreveu um conto de cinco linhas inspirado no ocorrido. Doze dias depois ele incluiu a pequena crônica em um livro de contos que enviaria para a editora e que precisava mesmo de mais páginas.
No dia 14 de março, ao fazer o backup dos vídeos registrados pelas câmeras de segurança do edifício Rochaverá, vizinho a ambos os shopping centers, José Tabicuera lembrou-se de um pequeno ocorrido que lhe chamara a atenção no dia anterior. Encontrou o trecho do vídeo e enviou para si mesmo por e-mail, encaminhando uma cópia para Roberto Lacustre, um amigo que trabalhava operando a iluminação de um grupo de teatro.
Roberto Lacustre, que havia sido recentemente contratado para um serviço para o cinema, mostrou o vídeo para alguns colegas que, por fim, levaram os cinco minutos em preto e branco de Norberto ao conhecimento de Fernando Tevarellas, renomado diretor, que trabalhava no filme em questão.
Este, no dia 22 de março, editou um curta de 10 minutos inspirado no cortejo, usando imagens originais da câmera de segurança aliadas a gravações com atores. O curta seria exibido como abertura para o filme que, por sua vez, estrearia nos principais cinemas do país ainda naquele semestre.
No dia 11 de julho de 2008, a segunda sexta-feira do mês, os dois shopping centers mencionados, assim como tantos outros na cidade de São Paulo, expunham pela primeira vez para seu público o filme Homo Metrópolis e o livro A Deusa ou Três Homens Santos – Contos de Paulo Mangusto.
No dia 15 de julho de 2008, o escritor ajuizou ação cível contra a distribuidora Olhalém com pedido de antecipação de tutela almejando retirar imediatamente dos cinemas de todo o país o filme Homo Metrópolis, sob alegação de infração dos direitos autorais de Paulo Mangusto no curta-metragem que introduz o longa. A antecipação de tutela foi rejeitada por ausência de indícios suficientes para sustentar o fumus boni iuris do autor, mas o processo continuou seu percurso normalmente.
No dia 8 de novembro de 2008 (e eu me lembro bem, porque o Corinthians tinha acabado de assegurar o título da série B do Campeonato Brasileiro), porém, a situação teve uma reviravolta inesperada quando Norberto Bartolomeu Cáspio de Jesus ingressou na Justiça pleiteando ser ele, na verdade, o detentor de quaisquer direitos sobre o andar peculiar, o cortejo e mesmo o singelo final da investida. Norberto utilizou-se do próprio curta-metragem de Tevarellas como prova, obteve a vitória em primeira instância que se sustentou nos tribunais e que lhe garantiu R$180.000,00 em indenizações pelo uso comercial indevido de sua criação.
No dia 31 de março de 2009, pouco antes de embarcar em um vôo para Orlando com sua nova namorada – que nada tem a ver com a moça do andar tolo e do cafuné –, Norberto confessou ao Jornal da Tarde que aquele havia sido seu xaveco mais lucrativo, embora não tivesse levado a jovem para a cama.
Tudo isso em montagem paralela........
ResponderExcluirEssa história dava um filme!
Acho que não dos melhores.
ResponderExcluirMelhor que o do Dinho Ouro Preto, concerteza.
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