"A gente morava tudo junto, tocava violão, bebia... Bom, era basicamente um apê cheio de vagabundo achando que ainda tava no auge do, sei lá, novobaianismo. Mas era legal, era uma turma toda muito juntinha e tal, a gente funcionava. Teve uma época em que o Gu chamou um amigo dele pra morar lá, acho que era Bruno ou Fernando, sei lá, um nome sem graça desses. Era um cara legal, assim, meio esquisito, mas nunca fez mal nenhum. O Lê que não curtia muito ele, mas tudo bem, a gente continuou funcionando – pelo menos por um tempo. Depois que o Lê e a Nina começaram a ficar juntos a coisa meio que degringolou. Eles foram ficando fascinados pelo centro, barzinho e cinema e aí a galera ficou toda animada também, ainda mais depois que teve aquela festa toda. Era legal, mesmo, só que era caro e a nossa grana não dava pra esse tipo de vida. Aí foi um tal de correr atrás de trampo, dinheiro, a coisa foi sofisticando, tudo pra sustentar um tipo de padrão de vida novo. Foi assim que acabou, eu não acho que tenha sido ruim, foi só uma coisa que aconteceu e que depois passou. Fase."
(BRASIL, B. do. in: Memoires dune Poutainette - Rio de Janeiro, Globo, 1997)
Mandou bem. Mas linhas demais.
ResponderExcluirNão fui capaz de mutilar o artigo original.
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