20100621

Crítica Literária

Na "arte" produzida atualmente, parece ser uma constante o choque pelo choque e a falta de um propósito maior - a sensação de que "tudo vale", de que todas as piadas devem ser feitas, o cultivo da falta de sentido aparente e até mesmo da falta de sentido total. Palavras são jogadas ou arranjadas apenas para o escárnio - violência é reproduzida de maneira infantil - sexo é banalizado como o estupro dos vencidos. O novo método da arte é o zapear da tv - palavras jogadas no papel como imagens brilhantes, corvos. Diatribes. A única moda é o ridículo - tanto o seu quanto o outro. Tudo que poderia ser chamado de emoção é descartado e desprezado, depravado como piegas. Não há mais o estender da mão. Não há mais causa. Não há mais. E eu aqui sozinho, e vocês me deixando cair num abismo... sem encontrar uma palavra de sintonia, de catarse, em livro algum... não há mais, e só eu me importo...

2 comentários:

  1. Agora fiquei com vergonha.
    Anti-castração malvada... :(

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  2. É tudo verdade. Mas eu prefiro as artes sem a "causa", para ser sincero.

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