Se ao mesmo tempo é um doce presenciar um cineasta filmando com prazer e competência, é também uma desgraça assistir um filme terápico que prega aquela bobagem da magia do cinema, da fábrica de sonhos. Sabemos que lá já fizeram de tudo, então não é necessário remediar a história com catarse, tentar arrepiar os pelos do cú através de uma terapia que se dá pela vingança. E pior, pela vingança da fábula. Instrumento de redenção que só serve se for infinita em suas continuações-ções-ções-ções..., porque no fundo os terapeutas se resumem a uma frase bem simples - o que passou, passou.
Leni Riefenstahl morreu com 101 anos. As ditaduras duram, mas nunca são plenas como aquele manto musical que se estende pela nossa humanidade, sendo apenas post-sticks de geladeira, daqueles que a gente precisa escrever pra lembrar de pôr o lixo pra fora.
Mas sempre e sempre
um suco latente,
um sub-oceano,
super-supra-sumo
...
um suco latente,
um sub-oceano,
super-supra-sumo
...
Uau, estava faltando uma crítica assim, verdadeira e pujante.
ResponderExcluirTalvez seja inglória, mas não inútil, enquanto existirem Leitores para se queimar. Que seja, sim, infrutífera.
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