20090123

Um Ficção

Um garoto de óculos corre pelas ruas negras, em algum lugar da Inglaterra. O fedor que emana dos becos imundos funde-se ao sorriso amarelado das putas que vem de longe. As casas sombrias postas contra o vento cantam na linguagem de velhas beatas, e a lua vive no coração das poças de água pelo chão.

Ele segue todo o perímetro de uma rua ofegando. E olha para trás, onde um frio escabroso caminha em sua direção, sussurando baixo um grito de angústia. Pânico. O pobre garoto contorna a esquina, as casas cantam em janelas fechadas e brisas fortes, seu coração engasga a garganta, os joelhos falham e tropeçam ao chão. Sangue nas calças e mãos, e uma visão já turva do que se passa.

Duas figuras encapuzadas surgem do além e tomam posse da situação, flutuando pelo céu negro e enfim gélido. O sussuro fica mais alto e ensurdece os ouvidos do adolescente. Ele pensa em sua mãe, na alegria de vê-la viva novamente.

Apalpa o bolso das vestes, aponta alguma coisa para os antagonistas e grita alto:

- EXPECTO PATRONUM!

2 comentários:

  1. Céus! Você lê HP, Jimmy. Meu mundo caiu. :roll: E eu acho que merece o "Uma Ficção - Parte II", explicando que forma o patrono assumiu. OU NÃO.

    Ok, agora, falando sério, hoje eu me lembrei, não me pergunte por que, de quando o Soya coloca óculos e o Hurley fala: "Fizeram luzes no Harry Potter?" (sim, isso foi na primeira temporada, mas eu, incrivelmente, ainda me lembro!)

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  2. Cara, "garoto", "óculos" e "Inglaterra" já na primeira frase? Entregou!

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